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O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordero, será hoje ouvido no Parlamento, no âmbito da avaliação da Proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), um dia depois da demissão do primeiro-ministro.
A audição está marcada para as 15h30, na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da apreciação específica da Proposta de Lei n.º 109/XV/2.ª, que aprova o OE2024.
O Ministério do Ambiente e Ação Climática foi um dos locais onde foram realizadas na terça-feira inspeções por suspeitas de corrupção e irregularidades no comércio de lítio e hidrogénio.
Sob a orientação do Departamento Central de Investigação e Processo Criminal, foram realizadas 17 buscas domiciliárias, cinco buscas a escritório e domicílio de um advogado e 20 buscas não-domésticas, nomeadamente em locais utilizados pelo chefe do Gabinete do Primeiro-Ministro. ; No Ministério do Ambiente e Ação Climática; No Ministério das Infraestruturas e na Secretaria de Estado da Energia e Clima; Na Câmara Municipal de Sens e nas sedes de outros organismos públicos e empresas.
Foram detidos o Chefe da Casa Civil do Primeiro-Ministro, Vitor Escaría, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da Associação Start Campus e um conselheiro.
O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a demissão do Presidente da República, que este aceitou, depois de o Ministério Público ter revelado que foi alvo de uma investigação independente do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
O Presidente convidou as partes para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa, e irá reunir-se com o Conselho de Estado na quinta-feira.
Num comunicado proferido no Palácio de São Bento, António Costa recusou-se a cometer “qualquer ato ilegal ou censurável” e manifestou a sua total disponibilidade para cooperar com a justiça “em tudo o que considere necessário”.
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