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COPENHAGUE, Dinamarca (AFP) – O Serviço de Segurança Sueco anunciou quinta-feira que prendeu quatro pessoas suspeitas de preparar “crimes terroristas” com ligações ao extremismo islâmico e ao crime organizado.
A agência não disse onde ou quando ocorreram os alegados ataques, mas acrescentou num breve comunicado que “trabalhou neste caso durante um longo período de tempo”.
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Várias casas foram revistadas durante a operação. O comunicado afirma que esta operação envolvia “extremismo islâmico violento” e “ligações ao crime organizado grave”.
A mídia sueca informou que houve uma grande operação policial em Theresso, ao sul de Estocolmo, e a emissora pública SVT disse que houve uma “forte explosão em um clube”, mas a causa da explosão ainda não estava clara.
Em Agosto, o serviço de segurança, conhecido como SAPO, elevou o seu nível de alerta terrorista para o segundo nível mais alto, na sequência da profanação pública de textos religiosos.
A situação de segurança deteriorou-se nos últimos meses, na sequência da queima do Alcorão Sagrado no país e dos protestos no mundo islâmico, que afetaram negativamente a imagem do país escandinavo.
A queima e a profanação de livros religiosos na Suécia, e as contínuas campanhas de desinformação nas redes sociais e noutros locais, afectaram negativamente a imagem da Suécia.
A agência disse no ano passado que o quadro mudou “de um Estado tolerante para um Estado hostil ao Islão e aos muçulmanos, onde o Estado sanciona ataques a muçulmanos e onde os serviços sociais podem raptar crianças muçulmanas”.
Estas profanações foram cometidas no contexto da liberdade de expressão. A Suécia não possui uma lei que proíba especificamente a queima ou profanação do Alcorão Sagrado ou de outros textos religiosos. Como muitos países ocidentais, não possui leis sobre blasfêmia. A Suécia foi abandonada na década de 1970.
As detenções ocorreram no mesmo dia em que a Suécia se tornou o 32.º membro da NATO, pondo fim a décadas de neutralidade após a Segunda Guerra Mundial.
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