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O Parlamento Europeu tem sérias dúvidas de que a Hungria assuma a presidência rotativa bianual da UE no segundo semestre de 2024. A razão é a deterioração do estado de direito naquele país. “Questiona-se se pode desempenhar as tarefas” dessa responsabilidade com total credibilidade, segundo uma resolução que tem o apoio da grande maioria do hemiciclo — é assinado por cinco grupos parlamentares: popular, socialista, liberal, verde e minoria de esquerda. Esses grupos, que representam 73% dos eurodeputados, exigem “que o Conselho encontre uma solução adequada o mais rápido possível”. O texto, votado nesta quinta-feira, não especifica qual deve ser essa “solução”. Sim, vários dos seus oradores e outros eurodeputados o fazem, que falaram claramente, tanto na apresentação da iniciativa como no debate parlamentar, sobre impedir que o governo do ultra Viktor Orbán assuma a presidência do Conselho da UE. Os representantes dos grupos mais à direita manifestaram-se contra este texto, nomeadamente o grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que reúne o Vox, e o Identidad y Democracia (ID), onde está integrada a Liga de Matteo.
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