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Mesmo com quatro dias parecia haver muito o que fazer no Quênia. Este foi um momento para o Rei definir a sua visão para a Commonwealth.
Mas foi também uma oportunidade para abordar a violência colonial histórica. Este ano marca sessenta anos de Queniano independência, mas muitos no país ainda procuram um pedido formal de desculpas pelos abusos sofridos por aqueles que se rebelaram contra os britânicos.
Foi uma questão que ameaçou ofuscar toda a visita. É por isso que Rei o discurso proferido durante um banquete de estado era importante.
E embora ele não tenha pedido desculpas, ele foi muito além do que muitos poderiam imaginar. O texto era forte e significativo. Se foi suficiente, caberá a outros julgar.
Mas certamente as observações do Presidente do Quénia reflectiram a força do sentimento. O senhor Ruto falou de “colonização brutal” e de crueldade “monstruosa”.
O Rei fala a conselho do governo, por isso, mesmo que quisesse pedir desculpa, não teria sido possível.
Mas esta foi também uma viagem que precisou olhar para o futuro.
O Quénia é um aliado vital numa região instável. A exibição dos fuzileiros navais quenianos foi mais do que um espetáculo, foi um lembrete de uma parceria estratégica de defesa, trabalhando contra a ameaça do terrorismo.
Quanto à Commonwealth, os compromissos mostraram muitas das causas nas quais o Rei quer concentrar-se, as oportunidades para os jovens, o comércio e, claro, a crise climática.
Não é por acaso que a sua aparição no Programa das Nações Unidas para o Ambiente veio acompanhada da notícia de que participará na cimeira climática da COP deste ano.
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Depois da decepção de ser disse que não poderia ir no ano passadodiz-se que o rei está satisfeito.
Os diplomatas já consideram a viagem um sucesso. A relação do Quénia com o Reino Unido é importante.
O mesmo acontece com a interação do rei com a Comunidade que ele agora dirige.
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