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Aqui no blog da Panda Security escrevemos frequentemente sobre abuso e assédio na Internet. Mas a tecnologia também pode ser utilizada para abusar e controlar pessoas no mundo real, algo que os especialistas chamam de “abuso doméstico digital”.
Como é o abuso doméstico digital?
O abuso digital utiliza tecnologias como mensagens de texto, redes sociais e aplicações integradas em smartphones para “intimidar, assediar, perseguir ou intimidar um parceiro” – geralmente através do controlo. Isso pode se manifestar como uma pessoa limitando com quem seu parceiro pode se conectar e conversar online. Eles também podem perseguir compulsivamente seu parceiro em redes sociais ou usando aplicativos de compartilhamento de localização (como o Find My da Apple) para que sempre saibam onde essa pessoa está.
Formas extremas de abuso doméstico digital podem incluir a instalação de spyware no telefone da vítima ou o roubo de senhas de acesso a serviços on-line para “verificar” suas atividades. Como tal, o abuso digital muitas vezes acompanha outros comportamentos, como abuso físico ou mental.
O que a polícia diz?
No Reino Unido, a Polícia Metropolitana elaborou uma lista de comportamentos que podem indicar se o seu parceiro está a abusar digitalmente de si. Um agressor pode:
- Controle o acesso às suas contas online, incluindo redes sociais ou bancárias.
- Use a tecnologia para enviar mensagens negativas, insultuosas ou ameaçadoras.
- Enviar imagens sexualmente explícitas indesejadas (também conhecidas como cyberflashing).
- Exija que você envie imagens explícitas suas.
- Publicar imagens explícitas suas online sem permissão (abuso de imagem íntima).
- Usar suas contas de mídia social para se passar por você sem sua permissão.
- Criticar e menosprezar você pelo conteúdo que você publica online.
- Retirando seus dispositivos e controlando seu acesso a aplicativos e sites.
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Quão comum é o abuso doméstico digital?
Ninguém tem certeza de quão comum é realmente o abuso doméstico digital. No entanto, um inquérito britânico descobriu que 29% das mulheres questionadas tiveram um parceiro que tentou controlar as suas interações nas redes sociais – e 11% disseram que um parceiro fez conseguem controlar sua atividade online.
Os relatórios também sugerem que os jovens entre os 16 e os 24 anos têm maior probabilidade de sofrer abusos desta forma. 41% dos entrevistados nesse grupo afirmaram ter tido problemas com parceiros que controlavam o uso das redes sociais. Pessoas com mais de 55 anos tinham 5 vezes menos probabilidade de sofrer abusos desta forma – possivelmente porque não utilizam a tecnologia da mesma forma que os mais jovens.
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O que posso fazer se for vítima de violência doméstica digital?
Se você descobrir que é uma vítima, você deve:
- Defina senhas fortes em suas contas e aplicativos de mídia social.
- Habilite a autenticação de dois fatores em suas contas.
- Desative o compartilhamento de localização se estiver preocupado com perseguição.
- Instale um aplicativo antivírus móvel para detectar e remover spyware e aplicativos de perseguição.
E se você se sentir ameaçado, entre em contato com a polícia imediatamente.
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