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Alemanha, França, Itália e Polônia concordaram em desenvolver em conjunto mísseis de cruzeiro lançados do solo.
Os ministros da defesa dos quatro países assinaram uma declaração de intenções na cúpula da OTAN em Washington, marcando um movimento crucial para abordar lacunas no arsenal da Europa reveladas pela guerra em andamento na Ucrânia.
O proposto Deep Precision Strike System (DPSS) terá um alcance de até 2.000 quilômetros, potencialmente capaz de atingir Moscou. Esta iniciativa colaborativa segue anúncios recentes das nações para trabalhar em sistemas de armas avançados juntos.
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O chanceler alemão Olaf Scholz enfatizou a importância de tais capacidades: “A Alemanha precisa ter seu próprio dissuasor para se proteger, e armas de precisão são necessárias para esse propósito. Esta decisão foi preparada há muito tempo e não é nenhuma surpresa para aqueles envolvidos em política de segurança e paz.”
A ideia de aumentar o arsenal da Bundeswehr com mísseis de cruzeiro de longo alcance não é inteiramente nova. O governo alemão incluiu planos para tais “armas stand-off” em sua Estratégia de Segurança Nacional, embora esse detalhe tenha passado despercebido pelo público. Nos bastidores, no entanto, houve uma discussão significativa sobre a necessidade de a Alemanha fortalecer suas capacidades nessa área.
Desequilíbrios estratégicos se tornaram mais aparentes nos últimos anos, com a Rússia expandindo seu arsenal de armas convencionais de médio e longo alcance, retirando-se de tratados de controle de armas e implantando esses sistemas, inclusive no enclave de Kaliningrado. De Kaliningrado, Moscou poderia potencialmente mirar em quase qualquer local na Europa, levantando preocupações em Berlim e outras capitais da UE.
O novo programa de mísseis de médio alcance se alinha com o conceito tradicional de dissuasão. A capacidade de um ataque retaliatório da Bundeswehr em resposta a um ataque russo tem como objetivo dissuadir potenciais agressores de considerar tais ações. Essa resolução foi reiterada durante as recentes cúpulas da OTAN, onde os estados-membros se comprometeram a aprimorar rapidamente seu armamento de longo alcance.
Atualmente, os planos para o programa conjunto de mísseis de cruzeiro estão nos estágios iniciais. Oficiais militares seniores na cúpula da OTAN indicaram que o objetivo é desenvolver um míssil de cruzeiro terrestre com um alcance mínimo de 2.000 quilômetros, potencialmente mais. Tais sistemas poderiam atingir profundamente o território russo. Com financiamento adequado, o desenvolvimento poderia ser concluído dentro de cinco a sete anos.
Nesse ínterim, mísseis Tomahawk americanos estacionados na Alemanha servirão como um impedimento para a Rússia. Esses mísseis estão programados para chegar à Alemanha em 2026. Scholz observou que sua implantação se alinha com as decisões já tomadas pelos aliados da OTAN.
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