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O Presidente senegalês, Macky Sall, disse num diálogo nacional na segunda-feira que as eleições serão realizadas perto do início da estação chuvosa em Julho, e reiterou o seu compromisso de deixar o cargo antes do seu mandato terminar em Abril.
Mas os 16 candidatos eleitorais recusaram-se a participar no diálogo, insistindo que a data das eleições deveria ser marcada o mais rapidamente possível, de acordo com a ordem judicial do início deste mês.
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Sall, que disse que não concorreria novamente após os seus dois mandatos, adiou a eleição por 10 meses, citando divergências não resolvidas sobre quem pode concorrer. O Tribunal Constitucional senegalês considerou este atraso ilegal.
Em 15 de Fevereiro, o tribunal ordenou ao governo que fixasse uma nova data para as eleições o mais rapidamente possível, mas o governo de Sall ainda não o fez.
O diálogo nacional visa reforçar a confiança entre a população e os actores políticos, e inclui membros da sociedade civil e líderes religiosos.
“O diálogo e a consulta são precisamente o que precisamos para resolver estas fraquezas e avançar na busca do ideal da democracia”, disse Sall.
O Senegal era visto como uma das democracias mais estáveis de África, mas as disputas eleitorais mergulharam o país numa crise política.
Numa outra tentativa de acalmar o país da África Ocidental, o presidente disse que iria introduzir uma lei geral de amnistia para abordar os protestos por vezes mortais em que centenas de pessoas foram presas.
Não está claro quem irá beneficiar da lei de amnistia e se figuras políticas proeminentes da oposição, como Ousmane Sonko, irão beneficiar. Sonko está na prisão e proibido de concorrer às eleições. Ele é acusado de convocar a rebelião e condenado por “corromper a juventude”.
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