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Fornecedor de animais pede proibição de cavalos em atividades turísticas

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O Provedor dos Animais recomendou a proibição da utilização de cavalos de carruagem em atividades turísticas em áreas urbanas e pediu aos municípios que adotassem um código de boas práticas para o cuidado destes animais durante o período de transição, afirmou num comunicado.

Segundo a mesma fonte, a proposta apresentada ao anterior governo destaca que estes animais trabalham por vezes mais de dez horas por dia, sete dias por semana, transportando veículos pesados, sem regras, e a temperaturas inadequadas, sem direito a períodos de descanso. Conforto e falta de locais adequados para o mesmo descanso.

“A exposição constante ao trânsito, ao ruído e à poluição, o trabalho prolongado em condições inadequadas de calor ou frio, a permanência em pé e a movimentação em superfícies duras, como asfalto e calçadas, e a falta de acesso a pastagens, não são condizentes com a proteção e os cuidados necessários para o bem-estar desses animais.” Provedora de Defesa dos Animais, Laurentina Pedroso.

E acrescenta: “Um cavalo puxando uma carreta com 4 pessoas, com peso médio de 70 quilos por pessoa, seria de 280 quilos só para os passageiros, excluindo o peso do condutor e da carreta, que é excessivo para esses animais”.

Por isso, a Provedora dos Animais recomenda a proibição da utilização destes animais em atividades turísticas em zonas urbanas, e sugere a utilização de outros meios de transporte alternativos, como os riquixás elétricos.

Atualmente, estas atividades são reguladas pelos municípios, que são confiadas a consultores turísticos, porque não existem direitos ou regulamentos abrangidos. Esta independência organizacional não deve ser exercida pelas câmaras, mas sim pelo governo.

Embora tal não aconteça, as propostas do Provedor dos Animais passam por um período de transição em que os municípios adotam de imediato um código de boas práticas que assegura regras que protegem o bem-estar e a saúde destes animais, tais como:

  • Atestado médico é obrigatório veterinário Realizar atividades de reboque turístico.
  • A idade do animal varia de cinco a 23 anos Para fazer esta atividade;
  • Limite o número de adultos Dependendo do número de cavalos em cada carruagem;
  • Seis horas de trabalho por diaEm intervalos de 30 minutos a cada duas horas, período durante o qual deverá ser fornecido água;
  • Durante os períodos de descanso, deverão ser disponibilizadas instalações próximas ao local de trabalho, que permitam a retirada dos equipamentos e o descanso do animal em condições de temperatura adequadas;
  • Um dia de descanso semanal A cada sete dias úteis;
  • Proibir atividades em dias com condições climáticas severas Que representem risco para a saúde e o bem-estar – temperaturas não superiores a 35 graus e não inferiores a 8 graus;
  • Proibição de substâncias farmacêuticas Melhorar o desempenho dos animais e os controles antidoping aleatórios;
  • Os dados de contacto do veterinário do animal devem constar dos documentos de transporte a contactar em caso de emergência;
  • Seguro obrigatório de responsabilidade civil que cobre danos causados ​​pelo animal a terceiros;
  • Reparo decente – Não é permitido o abate de animais utilizados nestas atividades para consumo, sendo recomendado deixá-los ao cuidado do proprietário ou de outros órgãos públicos ou privados, como conselhos, associações de animais, ou outros, que garantam o seu bem-estar e condições de saúde. , e isso garante acompanhamento médico veterinário de acordo com a sua necessidade.

A proposta prevê ainda o apoio e fiscalização deste Código de Conduta por parte da DGAV, bem como do próprio município.

Estas recomendações já foram submetidas ao executivo anterior, aguardando o Provedor dos Animais para realizar reuniões com as autoridades agrícolas e ambientais, bem como com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, para determinar as estratégias a seguir.

Em todo o mundo, várias cidades proibiram permanentemente a utilização de carruagens de tração animal, como Nova Deli, Oxford, Barcelona, ​​Tel Aviv, Montreal ou Mississippi. Desde o início do ano, Bruxelas também proibiu esta atividade.

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