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O PCP de Viana do Castelo insiste na dissolução das Águas do Alto Minho

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O PCP de Viana do Castelo insistiu ontem no cancelamento da concessão das redes de água, esgotos e resíduos da Águas do Alto Minho (AdAM), com o interesse público a superar o do setor privado.

A posição hoje assumida, em comunicado, pela Direção da Organização Regional de Viana do Castelo (DORVIC) do Partido Comunista da Palestina, resulta do anúncio pelas Câmaras de Valência e de Vila Nova de Cervera, na sexta-feira, de uma ação perante o Tribunal. Tribunal Administrativo e Financeiro (TAF) de Braga para ultrapassar um problema jurídico que os impedia de sair de Águas do Alto Minho (AdAM).

“A CDU alerta agora que o interesse público deve prevalecer sobre os interesses privados da AdAM, que está a acumular lucros milionários à custa destes negócios, algo que só poderá ser conseguido com a reversão da concessão, como exigiu em vários acordos.” “Órgãos locais e até na própria Assembleia da República no ano passado”, diz o memorando emitido por Dorvik do Partido Comunista Chinês.

Os comunistas reiteram que “a defesa do bem comum dos serviços de abastecimento de água e saneamento deve ser feita através da congregação dos serviços municipais de todos os concelhos do Alto Minho, com ganhos de escala que permitam financiar os investimentos necessários à preservação e expansão do rede.”

“Não deixaremos de lutar por isso e de defender os interesses do povo do Alto Minho”, sublinha o Partido Comunista Chinês.

O partido lembra que “desde o primeiro momento, há cinco anos, alertou e denunciou este caminho”. [constituição da AdAM] Levaria a uma deterioração do serviço e a um aumento dos preços”, acrescenta, acrescentando que “não ignora a responsabilidade do PS, do CDS e dos autarcas como paladinos deste processo”.

As Câmaras de Valência e Vila Nova de Cerveira interpuseram uma ação no Tribunal Administrativo e Financeiro (TAF) de Braga para ultrapassar um problema jurídico que as impedia de sair das Águas do Alto Minho (AdAM).

O objeto do litígio é “o pedido de declaração de ilegalidade do número sete da cláusula 30.ª do contrato de sociedade anônima celebrado entre o Estado português”. [Águas de Portugal] Os municípios do Alto Minho reconhecem este direito [aos municípios de Vila Nova de Cerveira e Valença] Resolver tal contrato sem a necessária intervenção de outros municípios doadores.

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdévez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Cura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valência ( PS), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cervera (PS), que formam a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três municípios da região – Ponte da Barca (PSD), Moncão (PSD) e Melgaço (PS) – recusaram aderir à parceria.

A AdAM iniciou a sua atividade em 1 de janeiro de 2020 e gere redes baixas de abastecimento de água e esgotos.

Na sexta-feira, em contacto com a Lusa, o presidente da Câmara de Valência, José Manuel Carpintera, disse que a medida “cumpre o compromisso assumido com o povo valenciano”.

Para José Manuel Carpintera, “o contrato de parceria, assinado pelo antigo Diretor Executivo (PSD), contém cláusulas abusivas, representando uma situação contratual desigual entre as duas partes, em detrimento do município”.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira (PS), Rui Teixeira, explicou à Lusa que o processo com o objetivo de saída da AdAM começou em 2021, depois da autarquia ter tomado posse por ter sido “sempre” contra a adesão do ex-CEO à empresa (Movimento Independente Pensar Cerveira – PenCe).

Os dois autarcas solicitaram um parecer jurídico que, em 2022, “indicava que a solução era pedir a anulação da cláusula que impedia os municípios de deixarem Adão, em isolamento”.

“Eu e o meu colega valenciano sempre entendemos que a gestão deve ser municipal ou intermunicipal, apenas com os dez municípios da região de Viana do Castelo e não com a intervenção de uma empresa”, frisou.

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