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O número de rinocerontes mortos por caçadores furtivos na África do Sul no ano passado aumentou 11%, para cerca de 500, apesar dos esforços do governo para proteger a espécie, anunciaram hoje as autoridades locais.
O país é o lar da maioria dos rinocerontes do mundo e, portanto, é atraente para os caçadores furtivos, que em muitos casos vendem os chifres dos animais para países asiáticos, onde são utilizados na medicina tradicional pelos seus supostos efeitos terapêuticos.
Segundo a Agence France-Presse (AFP), a maior parte dos animais dos parques governamentais foram mortos, especialmente na província oriental de KwaZulu-Natal, onde apenas se perderam 307 animais no Parque Hluhluwe-Imfolozi, a reserva mais antiga de África.
“Estas são as maiores perdas registadas nesta província devido à caça furtiva”, afirmou a ministra do Ambiente, Bárbara Creasy, sublinhando que “as equipas multidisciplinares continuam a trabalhar incansavelmente para tentar travar esta pressão”.
As autoridades sul-africanas reforçaram a segurança, especialmente em torno do Parque Nacional Kruger, no nordeste do país, perto de Moçambique, que é muito popular entre os turistas e onde o número de rinocerontes diminuiu drasticamente nos últimos 15 anos.
Estes esforços resultaram numa diminuição do número destes animais mortos por caçadores furtivos, atingindo 78 animais em 2023, ou seja, 37% menos que no ano anterior neste parque.
No entanto, o aumento da vigilância levou a que os caçadores furtivos se deslocassem para outras reservas regionais ou privadas, como Hluhluwe-Imfolozi.
Cressy disse que a polícia prendeu 49 suspeitos de caça furtiva no ano passado em KwaZulu-Natal, observando que 45 caçadores furtivos ou traficantes de chifres de rinoceronte foram condenados em todo o país.
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