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A Small Satellite Conference 2024 atribuiu ao nanossatélite português Eros MH-1 o prémio Missão do Ano, segundo o portal do evento, que terminou hoje nos Estados Unidos, país anfitrião do Instituto MIT, parceiro no projeto.
O nanossatélite Eros MH-1 foi lançado ao espaço no dia 4 de março, e contactou com a Terra no dia 19 de março através da estação espacial de Santa Maria, nos Açores, operada pela Thales Edisoft Portugal.
No dia 2 de julho foram divulgadas as primeiras imagens tiradas pelo aparelho.
Será colocado a uma altitude de 510 quilómetros, logo acima da Estação Espacial Internacional, que é a “casa” e laboratório dos astronautas. O nanossatélite, pesando 4,5 quilogramas, irá monitorizar o Oceano Atlântico em particular durante três anos.
O MH-1, que na sua nomeação presta homenagem ao ex-ministro da Ciência Manuel Heitor e que foi visto pelo Consórcio Nano-Satélite como líder do projeto, foi o segundo satélite português enviado ao espaço, depois do PoSAT-1, que tem 50 metros de comprimento . O quilograma entrou na órbita da Terra em setembro de 1993, mas foi desativado uma década depois.
O Consórcio Nacional Eros MH-1 inclui diversas empresas e instituições académicas portuguesas, às quais se junta o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, através do Programa de Colaboração MIT-Portugal.
O Centro de Engenharia do CEiiA em Matosinhos, um dos parceiros que construiu o nanosatélite, irá processar os dados e imagens para estudos científicos.
As Universidades do Algarve, Porto, Minho, Instituto Tecnologia Superiore e Imar – Instituto do Mar, entre outras, dão apoio científico à missão.
O nanosatélite, que entrou em funcionamento em 2020, representa um investimento de 2,78 milhões de euros, cofinanciado em 1,88 milhões de euros pelo Fundo Federal – Europeu de Desenvolvimento Regional.
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