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A cena, o Salone del Mobile em Milão, parecia a menos propícia para um incêndio político desse tipo. Mas como se fosse uma ação coordenada, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, e o ministro da Agricultura (e cunhado de Meloni), Francesco Lollobrigida, resolveram usar termos condenáveis para falar sobre imigração e demografia, um dos questões candentes nas últimas semanas na Itália. A segunda referia-se, em primeiro lugar, ao facto de o aumento da natalidade ser necessário para evitar a “substituição étnica”, termo de clara conotação supremacista que utilizou sem matizes. Meloni, no mesmo ato, arrematou o assunto dizendo que não são necessários mais migrantes para aliviar a força de trabalho, mas sim que as mulheres trabalhem.
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