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Michel Barnier, primeiro-ministro da França, apareceu assustado na televisão na noite de terça-feira. Desta vez, depois de semanas de idas e vindas, ele teve a verdadeira sensação de que o seu governo e ele próprio não conseguiriam chegar ao Natal. O Reagrupamento Nacional (RN) está cada vez mais próximo de votar uma moção de censura que encerraria o seu mandato apenas três meses após o seu início. E o chefe do Executivo decidiu entrar na casa dos franceses no noticiário do horário nobre para agitar a bandeira do medo. “Eu sabia que poderia haver uma moção desde o primeiro dia. Mas será acompanhado por uma tempestade e turbulência grave”, lançou ele em horário nobre. O medo ficou evidente nas palavras, mas também se reflectiu nos mercados, que colocaram o prémio de risco no seu nível mais elevado desde 2012. A tempestade, esse é o problema, já chegou.
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