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A presidente peruana, Dina Boluarte, disse em um discurso televisionado na noite de sexta-feira que lamentou a morte de manifestantes e pediu desculpas pela contínua agitação política que abalou o Peru por semanas.
No entanto, a recém-chegada presidente insistiu que não renunciará.
“Meu compromisso é com o Peru”, disse ela, culpando “facções violentas e radicais” por “provocar a população ao caos”.
Sua primeira declaração pública desde segunda-feira ocorre após mais um dia de protestos e bloqueios de estradas em todo o Peru. Mais de 40 pessoas foram mortas em protestos antigovernamentais que varreram o país desde que ela assumiu o poder no início de dezembro.

Procurador-geral vai investigar mortes em protestos
A destituição e prisão do ex-presidente esquerdista Pedro Castillo no mês passado desencadeou protestos generalizados, juntamente com exigências de novas eleições. Grupos de direitos humanos acusaram as forças de segurança do governo de usar munição real contra os manifestantes e de lançar gás lacrimogêneo de helicópteros.
A Procuradoria Geral da República, Patricia Benavides, disse na sexta-feira que investigará confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes nas regiões indígenas do sul de Puno, Cusco, Arequipa, Apurimac e Ucayali, bem como na capital, Lima.
Benavides também abriu uma investigação preliminar de “genocídio” contra o presidente e vários ministros.
“Entendo e compartilho de sua indignação, o estado tem uma grande dívida com o país”, disse Boluarte em seu discurso na noite de sexta-feira.
No entanto, ela evitou assumir a responsabilidade direta pelas mortes, dizendo, em vez disso, que os maus atores levaram os civis a “confrontos” e que as autoridades investigariam.
zc/wmr (Reuters, AFP, EFE)
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