.

O Festival Internacional de Imagens da Natureza (FIIN), que decorre atualmente, aposta na troca de valores ambientais entre gerações, em Vila Real, desafia estudantes e seniores a verem exposições e curtas-metragens, e pretende recolher memórias sobre o património ambiental .
Mafalda Vaz de Carvalho, dos Serviços Ambientais da Câmara Municipal de Vila Real, disse hoje à Lusa que nesta sétima edição do festival, com o objetivo de preservar o património natural e sensibilizar a comunidade para a conservação da natureza, realiza-se o FIIN Ancião.
A festa, organizada pela autarquia, começou na segunda-feira. No domingo será realizada a cerimônia de premiação e, na próxima semana, o evento irá para as escolas.
“Desafiámos algumas instituições de idosos, instituições privadas de solidariedade social (IPSS) e lares de idosos a virem visitar o FIIN para exibição de curtas-metragens e também para exposições”, disse Mafalda Vaz de Carvalho.
Explicou que o objectivo é que as pessoas mais velhas compreendam os problemas ambientais que enfrentam actualmente e depois recolham testemunhos dessas pessoas sobre como era a realidade na sua juventude e como é hoje a realidade em termos de património natural.
“Compreendemos onde estamos, o que desenvolvemos, o que oferecemos e, em última análise, que outras frentes devemos atacar para promover e educar os valores naturais e a biodiversidade”, acrescentou.
A missão do FIIN Ancião é “partilhar registos existentes de património natural, paisagens e memórias de animais e plantas entre gerações, permitindo expandir a missão de conservação ambiental para a sustentabilidade do planeta e aumentar a coleção de memórias de património natural”.
Ao longo da edição de 2023 também serão implementadas as iniciativas The FIIN Goes to the Schools e The Schools Go to FIIN.
No Teatro Municipal de Vila Real podem ser vistas até ao final do ano exposições resultantes dos Concursos Internacionais de Fotografia e Desenho e do Concurso Jovem de Fotografia de Natureza, que pela primeira vez foi alargado a todos os pontos do país.
Durante esta semana realiza-se também o Festival de Curtas-Metragens, com exibições diárias gratuitas até sexta-feira, em vários estilos e subtemas no âmbito da biodiversidade e do património natural.
“Este ano tivemos mais de 3.200 obras, incluindo 2.500 curtas-metragens”, disse Mafalda Vaz de Carvalho.
Os trabalhos submetidos a concurso são oriundos de diversos países, desde Portugal à Índia, Japão, Sri Lanka, Malásia, Quénia, Espanha, Brasil, Inglaterra, Islândia, França ou Estados Unidos da América.
“Quem participa também nos dá uma ideia do que é o ano. Se há alguns anos os documentários focavam principalmente em eventos climáticos extremos, no ano passado já tínhamos um retrato de como é o trabalho humano no planeta, com muitos obras com foco na destruição e poluição, “O que notamos este ano é uma repetição extrema”, disse o ator.
“O grande interesse em registrar os habitats de animais e plantas aquáticos e terrestres para memória futura, enquanto existirem, fica evidente em curtas-metragens e em fotografias.
A organização escolheu alguns “curtas-metragens” que serão exibidos na próxima semana nas escolas municipais.
.