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A startup de segurança cibernética Wiz recusou uma oferta de aquisição de US$ 23 bilhões da controladora do Google, Alphabet, desfazendo o que teria sido a maior aquisição na história da gigante das buscas. Em um memorando interno visto por CNBCO cofundador da Wiz, Assaf Rappaport, disse que a empresa buscaria uma oferta pública inicial.
“Dizer não a ofertas tão humilhantes é difícil”, disse Rappaport no memorando enviado aos funcionários da Wiz. Se a aquisição tivesse ocorrido, ela teria dobrado a avaliação de US$ 12 bilhões que a Wiz anunciou em maio, depois que a empresa levantou US$ 1 bilhão em financiamento privado. De acordo com o memorando, a Wiz agora se concentrará em atingir US$ 1 bilhão em receita recorrente anual junto com o IPO — metas que a empresa de segurança havia definido antes de suas negociações com o Google. Nem a Wiz nem a Alphabet reconheceram oficialmente que um acordo estava sendo discutido.
A Wiz oferece soluções de segurança baseadas em nuvem para clientes corporativos, um alvo atraente que poderia ter colocado o Google em uma posição melhor para competir com os líderes do setor Microsoft e Amazon. Os reguladores antitruste têm se fixado cada vez mais em acordos feitos pela Big Tech nos últimos anos, no entanto, e de acordo com CNBCpreocupações antitruste e dos investidores foram citadas como razões para a Wiz abandonar o acordo.
O Departamento de Justiça já iniciou dois processos antitruste em andamento contra o Google sobre seus negócios de mecanismo de busca e publicidade digital. O Google comprou duas empresas de segurança cibernética em 2022 — Siemplify e Mandiant — por US$ 500 milhões e US$ 5,4 bilhões, respectivamente, com a última empresa mais reconhecida por descobrir o hack da SolarWinds.
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