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A presença de materiais contendo amianto nas escolas continua a ser uma fonte de preocupação para os partidos, que hoje no Parlamento apelaram a maiores esforços do governo para a sua remoção e a uma maior fiscalização das intervenções que estão a ser implementadas.
O impulso para este debate foi a petição lançada em 2019 pela Associação Ambiente Zero, Movimento Escolas Sem Amianto e Fenprof para a remoção de todos os materiais que contenham amianto nas escolas, que inspirou iniciativas de todos os grupos parlamentares.
Do projeto de lei de Shiga aos restantes projetos de resolução da oposição, as iniciativas convergem em torno de maiores exigências relativamente ao programa de remoção de amianto nas escolas públicas, enquanto o Partido Socialista recomenda “ao governo que continue os seus esforços” neste processo.
“Não há desculpas para a longa inacção do governo”, começou Gabriel Metha Ribeiro, de Chiga, abrindo a discussão, lembrando que “desde 2011, a aplicação da lei resolveu o problema”.
Shiga não foi o único a apontar os atrasos e lacunas do actual programa, e pelo PSD, Claudia André destacou que ainda havia cerca de 280 instituições de ensino para trabalhar, defendendo que “é preciso avaliar o que foi alcançado e o que resta a ser alcançado”.
“Todo o processo de remoção do amianto nas escolas é um segredo dos deuses”, acrescentou o deputado, acrescentando que falta informação sobre assuntos como a lista de todos os materiais que contêm amianto, bem como os revestimentos em fibrocimento. Documentação ou agendamento de programas.
A iniciativa liberal vai além da questão com um projecto de resolução que recomenda que o governo se comprometa com programas de reabilitação, reabilitação e expansão de edifícios escolares.
“O governo falhou e agora, tendo finalmente prometido, não consegue mais uma vez cumprir a promessa em tempo útil”, disse Carla Castro, referindo-se ao novo acordo, assinado em julho, entre o poder executivo e os municípios para restaurar mais A partir de 200 milhões de dólares. 450 escolas até 2033.
À esquerda, o Partido Comunista Chinês afirmou que “há mais de 12 anos foi publicada a lei que obriga a remoção do amianto”, mas entretanto, “o processo ainda está longe de terminar”, disse o comunista Alfredo Maia.
Joanna Mortágua, do Bloco de Esquerda, considerou que “o problema do amianto é um problema de acção, não um problema de conhecimento, de consciência ou de lei” e alertou para o impacto nas comunidades escolares, que vêem a presença potencial de uma substância que representa perigo público. riscos para a saúde “transformando-se em ansiedade e instabilidade total”.
Por sua vez, Rui Tavares afirmou: “Em Portugal, estamos habituados a promulgar legislação para esclarecer este ponto, (…) mas é preciso aderir à lei e implementá-la, e é isso que apelamos”.
No final da discussão, o Partido Socialista deu a última palavra e, pela voz de Raquel Ferreira, o partido reafirmou que está “empenhado em combater o problema”. O deputado explicou que a recomendação dos socialistas ao governo é “continuar os esforços para remover o amianto”, reconhecendo que “há um caminho a percorrer”.
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