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Um número recorde de incêndios na Amazónia brasileira criou uma espessa nuvem de fumo que percorreu centenas de quilómetros e afetou a qualidade do ar em pelo menos dez dos 27 estados do Brasil, informaram hoje as autoridades brasileiras.
A nuvem de fumaça resultante de dezenas de incêndios que assolam a Amazônia brasileira percorreu centenas de quilômetros e cobriu os céus dos estados brasileiros do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Paraná. E no Rio Grande do Sul, diversas regiões também são afetadas por uma intensa onda de calor que atinge parte do Brasil.
Na região da Amazónia brasileira, foram registados mais de 18 mil incêndios em agosto, o dobro do número de incêndios registados no mesmo período do ano passado, quando o número de incêndios era pouco superior a nove mil.
As autoridades locais alertaram na segunda-feira que a região amazónica estava a sofrer uma seca tão grave como a do ano passado, já que o rio Negro, o maior afluente do Amazonas, tinha caído para um nível “crítico”.
Em julho, a Agência Nacional de Água e Saneamento Básico (ANA) já tinha declarado grave desabastecimento nos rios Madeira e Puros, após precipitações abaixo da média no recente período chuvoso.
Na terça-feira, o Ministério do Ambiente brasileiro confirmou em comunicado que mais de metade dos incêndios registados na região Amazónica desde o final de julho passado foram extintos ou estão a ser controlados.
O governo brasileiro também citou um estudo internacional sobre incêndios nas temporadas de 2023 e 2024, divulgado esta semana, indicando que a emergência climática aumentou em até 20 vezes a probabilidade de ocorrência de condições que levaram à intensificação dos incêndios na região amazônica nesse período.
Enquanto isso, o governo brasileiro indicou que a maioria dos incêndios é causada pelo desmatamento ou pelo trabalho de limpeza de terras realizado por agricultores em preparação para a agricultura.
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