As urnas eletrônicas são dispositivos que permitem aos eleitores registrar seus votos de forma digital, sem a necessidade de cédulas de papel. Elas são usadas em vários países, como Brasil, Índia, Estados Unidos e Venezuela, com o objetivo de tornar as eleições mais rápidas, seguras e transparentes. No entanto, essas máquinas também podem ser alvo de ataques cibernéticos, que podem comprometer a integridade e a confiabilidade do processo eleitoral.
Existem diversas formas que um hacker pode usar para tentar invadir uma urna eletrônica, dependendo do modelo, do sistema operacional, da rede e da criptografia utilizados. Algumas das possíveis maneiras são:
– Alterar o software da urna: Um hacker pode tentar modificar o programa que roda na urna, inserindo códigos maliciosos que alterem o registro ou a contagem dos votos. Para isso, ele precisa ter acesso físico à urna, por meio de um dispositivo externo, como um pendrive ou um cartão de memória, ou por meio de uma conexão remota, se a urna tiver algum tipo de comunicação sem fio.
– Alterar o hardware da urna: Um hacker pode tentar substituir ou adulterar algum componente da urna, como o teclado, o visor ou a placa-mãe, para interferir no funcionamento da máquina ou capturar os dados dos eleitores. Para isso, ele precisa ter acesso físico à urna e dispor de ferramentas e peças adequadas.
– Alterar o boletim de urna: Um hacker pode tentar falsificar ou destruir o boletim de urna, que é um documento impresso que contém os dados dos votos registrados na urna. O boletim é usado para conferir os resultados e auditar as eleições. Para isso, ele precisa ter acesso físico ao local onde o boletim é armazenado ou impresso.
– Alterar o sistema de transmissão dos votos: Um hacker pode tentar interceptar ou modificar os dados dos votos que são enviados das urnas para os tribunais eleitorais, por meio de redes de comunicação. Para isso, ele precisa ter acesso à rede ou aos equipamentos que realizam a transmissão, como modems, roteadores ou antenas.
– Alterar o sistema de apuração dos votos: Um hacker pode tentar invadir o sistema que recebe e processa os dados dos votos enviados pelas urnas, para alterar os resultados ou causar instabilidades. Para isso, ele precisa ter acesso ao sistema operacional ou ao banco de dados do tribunal eleitoral.
Esses são alguns exemplos de possíveis formas que um hacker pode usar para hackear uma urna eletrônica. No entanto, isso não significa que esses ataques sejam fáceis ou frequentes. As autoridades eleitorais adotam diversas medidas de segurança para proteger as urnas e os sistemas envolvidos nas eleições, como lacres, testes, auditorias e fiscalizações. Além disso, os hackers também enfrentam riscos legais e penais se forem descobertos ou denunciados.
Portanto, as urnas eletrônicas são dispositivos que oferecem vantagens para a realização das eleições, mas também exigem cuidados e precauções para evitar possíveis fraudes ou interferências. É importante que os eleitores estejam informados sobre o funcionamento e a segurança das urnas, e que fiscalizem e cobrem a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral.








