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A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, confirmou hoje que mesmo com o alívio das restrições, o Algarve terá água para consumo, mas o governo estará atento “se for preciso empurrar aqui e ali”.
Em declarações à Lusa, à margem da Cimeira Europeia da Concórdia, que hoje no Porto reúne decisores para discutir a transição energética, o crescimento económico e a competitividade, bem como temas relacionados com a cooperação, a paz e a segurança, Maria da Graça Carvalho foi decisivo na resposta a questões relacionadas com a seca na região do Algarve.
“é sim [possível garantir que o Algarve terá água]. Fizemos as contas. Os cálculos são bastante padronizados, assumindo que qualquer relevo deve garantir que haja água suficiente para consumo durante um ano, mesmo que não chova. “Mas esta é uma avaliação dinâmica, e vamos analisar as medidas de dois em dois meses, e se for necessário restringi-las aqui e ali, faremos isso também”, disse Maria da Graça Carvalho.
O governo anunciou na quarta-feira o alívio das restrições ao consumo de água na agricultura e no setor urbano do Algarve, incluindo o turismo, para combater a seca no Algarve.
“O governo decidiu cancelar a Resolução 26a de 2024, emitida em 20 de fevereiro, e nas próximas semanas será aprovada e publicada outra decisão que visa dar continuidade à política de responsabilidade, ao mesmo tempo que flexibiliza as restrições atualmente impostas em relação à força”, disse o Disse o Primeiro-Ministro após a reunião da Comissão de Monitorização da Seca em Faro Ano 2023.”
Hoje, à Lusa, Maria da Graça Carvalho disse que a nova resolução será apresentada em Conselho de Ministros na semana que se inicia em 10 de junho, revogando a resolução anterior, que estava aprovada pelo governo de António Costa desde fevereiro, altura em que foi aprovada a nova resolução foi cancelado. em vigor.
O Ministro do Ambiente e Energia sublinhou que a nova decisão “não inclui apenas medidas de socorro”.
“Tem uma parte sobre acelerar os investimentos existentes, especialmente do sistema de mitigação de riscos [Plano de Recuperação e Resiliência] O que é muito esperado. Apenas 5% são implementados. A maior parte provém das Águas do Algarve e de parte dos concelhos, disse.
Questionada se temia perder financiamento e oportunidades, Maria da Graça Carvalho disse que a tutela “irá monitorizar os projectos e fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que avançam rapidamente” porque “Portugal precisa urgentemente de implementar projectos de redução da pobreza”.
“No Algarve, apenas os projetos para os quais já foram atribuídos investimentos produzirão mais 76 hectares cúbicos de água, o que equivale a um ano de consumo urbano no Algarve”, disse.
Em resposta às críticas dos autarcas algarvios que indicaram não terem sido ouvidos sobre a alteração da resolução, Maria da Graça Carvalho admitiu que o modelo de reuniões seria alterado.
“Os prefeitos estão sendo ouvidos. Há reuniões técnicas consultivas e todos os setores da região são ouvidos (…). Depois há uma reunião ministerial para tomar uma decisão, não para consultar. É assim que é definido. Mas estamos considerando revisá-lo para fornecer uma formulação mais clara. “Até agora seguimos o que foi estipulado, mas percebemos que podemos melhorar a coordenação”, afirmou o governante.
O debate gira em torno da forma do chamado Comitê da Seca, instituído por decisão que remonta a 2017.
Por fim, sobre o tema água e seca, Maria da Graça Carvalho aproveitou para elogiar a campanha realizada por diversas entidades ligadas ao turismo na região.
«Quem vive no Algarve já sabe que tem de poupar água. Quem nos visita também deve ter consciência disso», concluiu.
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