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Pesquisadores da Universidade da Austrália do Sul identificaram três novos biomarcadores para câncer de próstata para ajudar a identificar e diferenciar casos potencialmente agressivos da doença que mata mais de 300.000 homens a cada ano.
Uma equipe internacional de cientistas liderada pelo professor de medicina molecular da UniSA, Doug Brooks, fez a descoberta, que auxilia os patologistas na visualização do câncer de próstata em amostras de tecidos de pacientes.
Os novos biomarcadores, quando usados em conjunto, ajudarão os médicos a determinar quais pacientes requerem tratamento radical imediato em comparação com aqueles que precisam de monitoramento rigoroso.
Com mais de um milhão de homens diagnosticados com câncer de próstata em todo o mundo a cada ano, o avanço da pesquisa é significativo.
A equipe da UniSA colaborou com a empresa australiana Envision Sciences na tecnologia para melhorar o gerenciamento de pacientes e os resultados do tratamento.
“Prevê-se que isso levará a melhorias a longo prazo na forma como o câncer de próstata é diagnosticado e classificado”, diz o professor Brooks.
“Os biomarcadores são notavelmente sensíveis e específicos para visualizar com precisão o progresso do câncer e confirmar seu grau. Essa descoberta levou ao desenvolvimento comercial de um teste projetado para determinar o quão avançado e agressivo é o câncer e se é necessário tratamento imediato.”
A Envision Sciences, que financiou o desenvolvimento e a tradução da tecnologia na UniSA, assinou um contrato de comercialização com a maior empresa de patologia diagnóstica de tecidos dos Estados Unidos, a Quest Diagnostics, para levar a tecnologia à prática clínica.
Enquanto se aguarda um resultado bem-sucedido nos EUA, espera-se que os ensaios clínicos usando a tecnologia inovadora sejam realizados na Austrália.
Descrevendo o avanço como “salvar vidas”, a vice-reitora de pesquisa e professora de empresas da UniSA, Marnie Hughes-Warrington AO, diz que a parceria entre a UniSA e a Envision Sciences é um desenvolvimento empolgante na pesquisa do câncer.
“Esta tecnologia representa uma mudança na forma como os médicos podem avaliar e prever a agressividade do câncer de próstata. Estamos ansiosos para ver a diferença que isso fará nos próximos anos.”
A pesquisa foi publicada na revista cânceres.
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