Estudos/Pesquisa

Novo e crucial papel descoberto para uma proteína na imunidade do corpo contra o câncer

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Pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, descobriram uma nova função para uma proteína existente. Eles descobriram que o TIMP-1, uma proteína tradicionalmente conhecida por prevenir danos às células e tecidos do corpo, desempenha um papel crítico na defesa do sistema imunológico contra o câncer. As descobertas do estudo podem melhorar a eficácia das atuais imunoterapias contra o câncer.

A proteína TIMP-1 é produzida por células dendríticas, responsáveis ​​por iniciar respostas imunológicas e aumentar a capacidade do sistema imunológico de reconhecer e destruir células cancerígenas. A proteína aumenta a imunidade antitumoral através da autoestimulação e da ativação das células imunológicas circundantes. Como resultado, aumentar a expressão de TIMP-1 ou direcionar seus reguladores negativos em tumores com respostas imunológicas deficientes poderia potencialmente melhorar a eficácia das atuais imunoterapias contra o câncer.

“Para pacientes com deficiência na expressão de TIMP-1, a nossa descoberta ajuda a criar inovações terapêuticas racionais”, afirma Carlos Rogerio Figueiredo, docente e investigador do InFLAMES da Universidade de Turku.

Segundo Figueiredo, as novas descobertas também são relevantes no combate a infecções por vírus e bactérias, pois o processo faz parte de um mecanismo universal que combate de forma semelhante microrganismos e câncer.

O estudo utilizou amostras do Auria Biobank finlandês para descobertas de orientação clínica, que foram posteriormente validadas com as mais recentes ferramentas bioquímicas e imunológicas para propor uma nova visão molecular de como o corpo combate o cancro. Figueiredo agradece aos pacientes, bem como à Oncologista Maria Sundvall e à Patologista Eva-Maria Birkman do Hospital Universitário de Turku pelas suas contribuições significativas para este projeto.

“A pesquisa publicada mostra como o método de tradução reversa funciona na prática. A pesquisa translacional tradicional normalmente começa com descobertas laboratoriais básicas, que são posteriormente testadas em pacientes em ensaios clínicos. A abordagem de tradução reversa, por outro lado, começa com dados do mundo real de amostras de pacientes para orientar estudos laboratoriais específicos, aumentando assim a probabilidade de sucesso quando aplicado em pacientes”, explica Figueiredo.

Figueiredo dirige o Grupo de Investigação em Imuno-Oncologia Médica (MIORG) da Faculdade de Medicina da Universidade de Turku, que é afiliado ao Centro de Biociências de Turku e apoiado pelo Conselho de Investigação da Finlândia, pela InFLAMES Flagship, pela Fundação Sigrid Juselius e pela Fundação Jane e Aatos Erkko.

Os resultados do estudo foram publicados na revista Genes e Imunidadeque faz parte da série Nature Portfolio.

InFLAMES Flagship é uma iniciativa conjunta da Universidade de Turku e da Universidade Åbo Akademi, na Finlândia. O objetivo do Flagship é integrar as atividades de pesquisa imunológica e relacionadas à imunologia para desenvolver e explorar novas ferramentas diagnósticas e terapêuticas para a medicina personalizada. InFLAMES faz parte do Programa Flagship do Conselho de Pesquisa da Finlândia.

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