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O San Jose era de propriedade da coroa espanhola quando foi afundado pela marinha britânica perto de Cartagena em 1708. Apenas uma pequena parte de sua tripulação de 600 homens sobreviveu.
Novos artefatos foram encontrados no lendário galeão espanhol San Jose, anunciou o governo da Colômbia na quinta-feira, após a primeira exploração robótica do naufrágio de três séculos.
Em fevereiro, o governo colombiano anunciou que iniciaria as extrações do navio na costa caribenha, cujos destroços, acredita-se, guardam tesouros avaliados em bilhões de dólares.
“Os resultados desta exploração revelaram um conjunto sem precedentes de evidências arqueológicas, que expandiram muito nosso conhecimento”, disseram as instituições responsáveis pela exploração do naufrágio em um comunicado.
Ele disse que um robô examinou os destroços, cuja localização exata foi mantida em segredo desde sua descoberta em 2015, entre 23 de maio e 1º de junho.
“Embora uma concentração de vestígios arqueológicos tenha sido detectada em 2022 na área do naufrágio, a exploração recente permitiu caracterizar essas acumulações com mais detalhes e descobrir novos elementos isolados”, disse o comunicado.
Entre os novos artefatos estão uma âncora, além de parte da carga do navio, como jarras e garrafas de vidro. Quatro campanhas de observação foram realizadas em 2022 pela Marinha Colombiana com equipamentos de alta tecnologia para verificar as condições do naufrágio.
As imagens relatadas mostraram, entre outras coisas, canhões de ferro fundido, peças de porcelana, cerâmica e objetos aparentemente feitos de ouro.
“Acreditamos que é possível encontrar novos vestígios que aprofundariam as informações que temos até agora”, disse Alhena Caicedo, diretora do Instituto Colombiano de Antropologia e História, citada no comunicado.
O San Jose era de propriedade da coroa espanhola quando foi afundado pela marinha britânica perto de Cartagena em 1708. Apenas uma pequena parte de sua tripulação de 600 homens sobreviveu.
O governo da Colômbia acredita que esta primeira exploração “levanta questões sobre as causas exatas do naufrágio”.
Documentos britânicos afirmam que o navio sofreu uma “explosão interna”, que o teria feito afundar com seu tesouro e centenas de passageiros, de acordo com o governo da Colômbia. Relatos espanhóis, no entanto, apontam para uma batalha.
O navio estava voltando do Novo Mundo para a corte do rei Filipe V da Espanha, carregado de tesouros como baús de esmeraldas e cerca de 200 toneladas de moedas de ouro.
Antes de a Colômbia anunciar a descoberta em 2015, o navio já era procurado por aventureiros há muito tempo.
A Espanha reivindicou o navio e seu conteúdo sob uma convenção da ONU da qual a Colômbia não é parte, enquanto os indígenas Qhara Qhara bolivianos afirmam que as riquezas foram roubadas deles.
Mas o governo de Petro insistiu em resgatar os destroços para fins científicos e culturais, com o projeto estimado em cerca de US$ 4,5 milhões.
O naufrágio também é reivindicado pela empresa de salvamento norte-americana Sea Search Armada, que insiste que o encontrou pela primeira vez há mais de 40 anos e levou a Colômbia ao Tribunal Permanente de Arbitragem da ONU, buscando US$ 10 bilhões.
© 2024 AFP
Citação: Novas descobertas em naufrágio repleto de tesouros na costa da Colômbia (2024, 9 de agosto) recuperado em 9 de agosto de 2024 de https://phys.org/news/2024-08-treasure-laden-shipwreck-colombia.html
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