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Ismail Haniyeh era o rosto pragmático do Hamas – sua morte é um grande golpe para o grupo | Notícias do mundo

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No início da guerra de Gaza, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deixou claro que Israel perseguiria os líderes do Hamas onde quer que estivessem, tanto dentro quanto fora de Gaza.

Embora Israel não tenha reivindicado a responsabilidade, o assassinato do líder da ala política do Hamas – Ismail Haniyeh – é um grande golpe para o grupo.

Haniyeh era a face pragmática do Hamas. Ele era menos linha-dura e militarista do que Yahya Sinwar, que é o chefe do Hamas dentro de Gaza e está liderando a batalha.

Haniyeh era o rosto público da diplomacia do Hamas nas capitais árabes. Ele liderava os esforços para negociar um cessar-fogo em Gaza. Nos últimos anos, ele esteve baseado no Catar, que hospeda a ala política do grupo, mas ele se mudou entre Turquia, Líbano, Irã e Egito.

Líder do Hamas morto: Ismail Haniyeh assassinado no Irã

Haniyeh aperta a mão do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Foto: AP
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Haniyeh aperta a mão do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Foto: AP

O líder máximo do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh, fala durante uma conferência de imprensa em Teerã, Irã. Foto: Reuters
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Foto: Reuters

Além das implicações regionais, dentro do Hamas isso exigirá uma mudança de liderança no topo. Mas o grupo é adepto disso. Sua estrutura permite uma transição suave de poder.

O assassinato de líderes do Hamas não é incomum. O fundador do Hamas, Sheikh Ahmed Yassin, foi assassinado em 2004. Um mês depois, outro líder sênior, Abdel Aziz al-Rantisi, também foi morto por Israel. Era apenas uma questão de tempo até que o alcance de Israel se estendesse à atual liderança do grupo.

Dentro do movimento nacional palestino, Haniyeh era uma figura popular, mesmo entre aqueles que se opunham veementemente à sua ideologia.

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Israel ataca alvo em Beirute

Ele nasceu nos campos de refugiados de Gaza, em al-Shati – ou campo de praia. Ele se juntou ao grupo quando jovem e subiu na hierarquia.

Haniyeh liderou a breve incursão do Hamas na política. O grupo derrotou seu rival político Fatah nas eleições nacionais palestinas em 2006.

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Mas a comunidade internacional não aceitaria o resultado. Uma breve guerra civil em Gaza entre Hamas e Fatah se seguiu.

O Fatah foi expulso da faixa. O Hamas assumiu. O curto mandato de Haniyeh como primeiro-ministro palestino acabou e o Hamas e o Fatah têm sido rivais ferrenhos desde então, apesar de algumas tentativas de reconciliação.

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Entrevistei Haniyeh pela última vez em 2016, e ele disse: “É difícil quebrar a vontade do povo de Gaza, eles podem lidar com o cerco”.

Questionado sobre a construção de túneis, ele disse: “Estamos nos preparando para defender o povo palestino com toda a nossa resistência”.

Muitos moradores de Gaza culpam o Hamas por liderá-los nessa guerra devastadora, mas eles também sabem que a morte de Haniyeh colocará qualquer chance remota de um cessar-fogo em espera, enquanto as ramificações desse assassinato se desenrolam.

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