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Nematóides podem nos ajudar a detectar impurezas do ar interno – Strong The One

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O ar interior de boa qualidade é fundamental para o nosso bem-estar, enquanto as impurezas no ar podem comprometer a nossa capacidade de trabalho e saúde. Pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, desenvolveram um novo método para medir a qualidade do ar interno, utilizando cepas fluorescentes de nematóides.

Contaminantes microbianos ou químicos no ar podem ser tóxicos ou irritantes e causar reações alérgicas, asma ou outras doenças nos indivíduos expostos. No entanto, atualmente não existem métodos amplamente aceitos para monitorar os riscos associados à exposição a agentes perigosos do ar interno, portanto, novas abordagens são necessárias.

Em um projeto realizado no Departamento de Biologia da Universidade de Turku, os pesquisadores desenvolveram um novo método para diagnóstico do ar interno, aproveitando cepas transgênicas de Caenorhabditis elegans nematóides. Essas cepas produzem proteína fluorescente verde (GFP) quando forçadas a cheirar ou provar impurezas químicas ou biológicas nocivas. A quantidade desta fluorescência pode ser facilmente medida por espectrometria.

“Esses nematóides já haviam sido usados ​​para monitorar os efeitos biológicos de metais pesados ​​e outros agentes ambientais, então pensamos que eles também poderiam ser adequados para monitorar a qualidade do ar interior”, diz o líder do projeto, professor universitário Päivi Koskinen.

“Quando expusemos nematóides a amostras de fungos coletadas de edifícios danificados pela umidade, observamos quantidades significativamente maiores de fluorescência”, continua Koskinen.

Os pesquisadores observaram que, com o novo método, também é possível detectar outras impurezas no ar interno, como surfactantes usados ​​em produtos de limpeza ou compostos voláteis produzidos por ftalatos (amaciantes de carpetes de plástico) que se degradam em condições de umidade.

“Os nematóides não podem nos dizer que tipo de compostos tóxicos existem no ar, mas podem fornecer uma opinião imparcial sobre os riscos à saúde associados ao ar interno e sobre a necessidade de investigações técnicas mais completas”, explica Koskinen.

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