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As primeiras perguntas são todas sobre o incidente em si, é claro – o perpetrador, a motivação e o método. Sem esquecer: como diabos isso pôde acontecer?
É quase inacreditável para qualquer um que tenha participado de um evento de Trump e testemunhado o firewall de segurança que separa o homem das massas. Os agentes encarregados da proteção de Donald Trump, do Serviço Secreto ou não, enfrentam um interrogatório sobre uma falha nos fundamentos do trabalho.
Permitir que um ex-presidente e, possivelmente, futuro presidente seja pego na mira de uma bala de atirador os coloca na linha de fogo e eles terão que prestar contas por ações que resultaram em fatalidade, ainda que não do alvo principal.
Após o tiroteio, uma testemunha ocular disse aos microfones da mídia que estava surpreso por não ter acontecido antes. Ele não está sozinho em um país que sente a persistente corrente oculta de violência política.
O tempo dirá se, e como, alguma coisa mudará.
Em uma declaração, o presidente Biden se referiu a “Donald” ao chamar o ataque de “doentio” e disse que “não havia lugar para esse tipo de violência na América”. Os democratas retiraram os anúncios da campanha anti-Trump, por enquanto.
A benevolência não coincidiu com uma postagem no ‘X’ do membro republicano da Câmara Mike Collins logo após a tentativa de assassinato. Ele escreveu que o presidente havia “enviado as ordens” para o tiroteio, referindo-se a uma declaração na qual Biden havia dito: “Terminamos de falar sobre o debate (na TV). É hora de colocar Trump no alvo.”
A postagem do membro da Câmara foi posteriormente apagada. Um reconhecimento de que ele tinha ido longe demais, como a retórica da violência em geral? Talvez – foi uma única postagem de um político, retirada.
Os EUA, certamente, são um país que precisa de uma redefinição em sua política — repleta de divisão e malevolência.
Uma tentativa de assassinato mudará o tom?
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Após os eventos na Pensilvânia, houve lembretes de oponentes de Trump sobre como, no passado, ele havia brincado sobre a agressão brutal ao marido da ex-presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi.
Da mesma forma, sua minimização de um plano de sequestro contra a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, não foi esquecida.
Ninguém está afirmando que algo justifica uma tentativa de assassinato, mas a sugestão clara é que Donald Trump fez a sua parte na mudança das regras de engajamento e imprudentemente impulsionou a hostilidade na política dos EUA.
Precisa de um reset. Os eventos chocantes de sábado oferecem uma oportunidade para todos no establishment político americano avaliarem o valor da mudança enquanto se encaminham para uma campanha eleitoral propriamente dita.
O cenário político dos EUA precisa ser reformulado — isso fica evidente nas imagens que surgem de Butler, Pensilvânia.
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