Estudos/Pesquisa

Muitas galáxias satélites desaparecidas foram encontradas

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Durante anos, os astrônomos se preocuparam em como explicar por que a Via Láctea tem menos galáxias satélites do que o modelo padrão de matéria escura prevê. Isso é chamado de “problema dos satélites perdidos”. Para nos aproximar da solução desse problema, uma equipe internacional de pesquisadores usou dados do Hyper Suprime-Cam (HSC) Subaru Strategic Program (SSP) para descobrir duas galáxias satélites completamente novas.

Esses resultados foram publicados no Publicações da Sociedade Astronômica do Japão em 8 de junho de 2024 por uma equipe de pesquisadores do Japão, Taiwan e América.

Vivemos em uma galáxia chamada Via Láctea, que tem outras galáxias menores orbitando-a, chamadas galáxias satélites. Estudar essas galáxias satélites pode ajudar os pesquisadores a desvendar mistérios em torno da matéria escura e entender melhor como as galáxias evoluem ao longo do tempo.

“Quantas galáxias satélites tem a Via Láctea? Esta tem sido uma questão importante para os astrónomos há décadas,” comenta Masahi Chiba, professor da Universidade de Tohoku.

A equipe de pesquisa reconheceu a possibilidade de que provavelmente existam muitas galáxias satélites pequenas e não descobertas (galáxias anãs) que estão distantes e são difíceis de detectar. A poderosa capacidade do telescópio Subaru — que fica no topo de uma montanha isolada acima das nuvens no Havaí — é bem adequada para encontrar essas galáxias. Na verdade, essa equipe de pesquisa já encontrou três novas galáxias anãs usando o telescópio Subaru.

Agora, a equipe descobriu mais duas novas galáxias anãs (Virgo III e Sextans II). Com esta descoberta, um total de nove galáxias satélites foram encontradas por diferentes equipas de investigação. Isto ainda é muito menos do que as 220 galáxias satélites previstas pela teoria padrão da matéria escura.

No entanto, a pegada do HSC-SSP não cobre toda a Via Láctea. Se a distribuição dessas nove galáxias satélites por toda a Mily Way for semelhante à encontrada na pegada capturada pelo HSC-SSP, a equipe de pesquisa calcula que na verdade pode haver mais perto de 500 galáxias satélites. Agora, estamos diante de um “problema de muitos satélites”, em vez de um “problema de satélites perdidos”.

Para melhor caracterizar a quantidade real de galáxias satélites, mais imagens e análises de alta resolução são necessárias. “O próximo passo é usar um telescópio mais potente que capture uma visão mais ampla do céu”, explica Chiba, “No ano que vem, o Observatório Vera C. Rubin no Chile será usado para cumprir esse propósito. Espero que muitas novas galáxias satélites sejam descobertas.

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