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Moldávia declara interferência russa “sem precedentes” na preparação para duas votações importantes

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A Agência Nacional de Inteligência da Moldávia alertou na terça-feira sobre a interferência russa “sem precedentes”, enquanto o país se prepara para realizar um referendo sobre a adesão à União Europeia e realizar eleições presidenciais.

Os Serviços de Inteligência e Segurança, ou SIS, emitiram um relatório dizendo que recolheram dados que sugerem que a Rússia está a planear ataques híbridos em grande escala contra a Moldávia entre 2024 e 2025 para tentar trazer a antiga república soviética de volta à influência de Moscovo.

O chefe do órgão, Alexandru Mustiata, disse numa conferência de imprensa que a Rússia procurou minar as eleições democráticas deste ano no país da Europa Oriental.

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Mostata disse: “Há informações sobre uma tentativa de minar o referendo sobre a integração europeia e as eleições presidenciais para desacreditar as instituições e os candidatos que irão promover a ideia da integração europeia”.

O relatório afirma que parte da estratégia da Rússia seria o “uso intensivo de redes sociais”, como o Telegram e o TikTok, para apoiar figuras políticas pró-Moscou, criar crises sociais, políticas e económicas, encorajar protestos antigovernamentais, bem como desencadear “conflitos sociais para incitar o ódio interétnico.” Além das campanhas generalizadas de desinformação.

Mustiata nomeou o empresário moldavo pró-russo Ilan Shor como figura central na nova campanha russa. Shor, chefe do banido Partido Shor, amigo da Rússia, foi condenado à revelia a 15 anos de prisão no ano passado por acusações de fraude e lavagem de dinheiro.

“De acordo com os dados, a principal missão de Shor para 2024 é prejudicar os resultados do referendo (da União Europeia)”, disse o chefe do Serviço de Informação do Estado. Ele acrescentou: “Os protestos continuarão a ser usados ​​como uma ferramenta para minar a confiança no atual governo”.

A Moldávia, vizinha da Ucrânia e da Roménia, ganhou o estatuto de candidata à UE em 2022 e deverá realizar um referendo nacional sobre a adesão ao bloco de 27 nações. As eleições presidenciais estão programadas para ocorrer no outono.

Na semana passada, responsáveis ​​da região separatista da Moldávia, a Transnístria, apoiada pela Rússia, apelaram a Moscovo para protecção contra a pressão económica, à medida que aumentam as tensões com o governo pró-Ocidente da Moldávia sobre novas tarifas a serem implementadas no novo ano.

Desde que a Rússia lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em 2022, as relações da Moldávia com Moscovo azedaram significativamente. Os líderes da Moldávia acusam sistematicamente a Rússia de travar campanhas para tentar desestabilizar o país.

Não houve comentários imediatos das autoridades russas.

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