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A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou na sexta-feira um novo medicamento projetado para retardar o declínio cognitivo em pessoas que sofrem da doença de Alzheimer.
O novo tratamento, conhecido como Leqembi ou lecanemab, foi aprovado em processo acelerado. Segue-se a aprovação da droga anti-Alzheimer Aduhelm, que uma investigação do Congresso dos EUA criticou por supostas “irregularidades”.
O que o FDA disse?
A FDA disse em um comunicado que Leqembi e Aduhelm representam “um avanço importante na luta contínua para tratar efetivamente a doença de Alzheimer”.
“A doença de Alzheimer incapacita imensamente a vida daqueles que sofrem dela e tem efeitos devastadores em seus entes queridos”, disse Billy Dunn, do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA.
Dunn disse que Leqembi é “a mais recente terapia para atingir e afetar o processo subjacente da doença de Alzheimer, em vez de apenas tratar os sintomas da doença”.
O que mais sabemos sobre a droga?
Dados preliminares de um teste em setembro mostraram que a droga, conhecida como Leqembi ou lecanemab, retardou o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer em 27%. O estudo de fase três envolveu cerca de 1.800 pessoas e durou 18 meses.
O estudo também indicou que o tratamento corre o risco de inchaço cerebral e sangramento.
Anteriormente, a agência também aprovou outro medicamento para o tratamento do mal de Alzheimer, o Aduhelm. A FDA aprovou os dois medicamentos por meio de um processo acelerado para condições graves em que há uma necessidade médica não atendida.
As duas drogas foram desenvolvidas pela empresa japonesa Eisai Co Ltd e pela empresa norte-americana Biogen. Eisai disse que a droga seria lançada a um preço anual de $ 26.500 (€ 24.900).
Uma investigação do Congresso dos EUA disse que o processo acelerado para Aduhelm estava “cheio de irregularidades” e criticou o FDA e a Biogen. O relatório também argumentou que a Biogen estabeleceu um “preço injustificadamente alto” para a droga, de US$ 56.000 por ano.
Leqembi pertence a uma classe de tratamentos que visa retardar o avanço da doença de Alzheimer, removendo aglomerados da proteína tóxica beta-amilóide do cérebro. Esses aglomerados causam a morte das células cerebrais, levando ao encolhimento do cérebro.
sdi/kb (AFP, Reuters)
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