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G20 assina compromissos sobre redução da desigualdade e acesso à água potável

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Os responsáveis ​​do G20 chegaram hoje a consenso para assinar documentos, os primeiros a serem assinados em mais de dois anos de reuniões, sobre a “necessidade urgente de reduzir a desigualdade” e reforçar a água potável, o saneamento e a higiene.

No primeiro dia de reuniões na cidade brasileira do Rio de Janeiro, na semana em que se discutiu a possibilidade de criar uma aliança contra a fome e a necessidade de impor um imposto sobre os ricos, estes dois processos de intenções foram assinados após uma Fonte da presidência brasileira do G20 explicou à Lusa que o compromisso de que os conflitos em Gaza e na Ucrânia não prejudicarão as discussões sobre outros temas nas reuniões das 20 maiores economias do mundo.

“Observamos de forma alarmante o primeiro aumento da pobreza extrema e da desigualdade em mais de duas décadas. Quase 712 milhões de pessoas viverão na pobreza extrema em 2022, 23 milhões a mais do que antes”, dizia o comunicado final da primeira reunião. 2019, com taxas mais elevadas a afectar os países mais pobres e a afectar desproporcionalmente as crianças.

Entre os factores que contribuem para este agravamento, o G20 citou desafios e crises como a pandemia da COVID-19, as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, a degradação do solo, o abrandamento económico, a desigualdade de género, as catástrofes e os conflitos.

“Reafirmamos o nosso objectivo comum de reduzir a desigualdade de rendimentos e beneficiar os 40% mais pobres da distribuição de rendimentos”, dizia o comunicado.

Para atingir este objetivo, o Brasil pretende lançar na quarta-feira uma coligação global contra a fome e a pobreza, numa cerimónia que será presidida pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, através da qual as autoridades brasileiras querem mobilizar o máximo de apoio possível.

A aliança será lançada durante uma reunião com a presença de ministros de vários países, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.

Portugal, que, tal como Angola, foi convidado pela presidência brasileira para ser membro observador do G20, será representado, segundo fontes diplomáticas à Lusa, pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inés Domingos (Reunião Ministerial de Desenvolvimento). Pelo Secretário de Estado, Paulo Rangel (Reunião do Grupo de Trabalho do G20 para Estabelecer uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza) e pelo Vice-Ministro de Estado e Orçamento, José María Brandão de Brito (Ministros das Finanças e Chefes de Bancos (Centros do G20).

Em Fortaleza, segundo a mesma fonte, entre quinta e sexta-feira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, representará Portugal na reunião do grupo de trabalho sobre emprego.

As prioridades do governo brasileiro durante esta presidência são combater a fome, a pobreza e a desigualdade, alcançar o desenvolvimento sustentável e reformar a governação global, especialmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo que Lula da Silva tem defendido desde que assumiu o cargo de Presidente do Brasil. Denunciar a falta de representação e legitimidade das principais organizações internacionais.

Os membros do G20 são 19 grandes economias do mundo: Estados Unidos da América, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, Índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá , Coreia do Sul e Indonésia, México e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

O Brasil, que ocupa a presidência do G20 desde 1 de dezembro de 2023, apelou a Portugal, Angola, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para acompanharem a organização, além das comunidades de língua portuguesa. Países (Grupo dos países de língua portuguesa).

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