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Mesmo as áreas mais remotas do planeta já não são seguras para os peixes

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As áreas mais remotas da Terra são geralmente locais onde a biodiversidade pode prosperar e onde as ameaças às espécies são raras. Porém, no caso dos peixes, a situação pode não ser bem assim.

Uma equipa de cientistas, como parte da investigação da Universidade de Helsínquia, criou um mapa de risco global para as populações de peixes. Foram analisadas mais de 6.000 espécies de peixes e 119 espécies de recifes de coral, sua distribuição e características ambientais, bem como suas interações.

“Para compreender verdadeiramente como a mudança global afecta as comunidades naturais e para identificar estratégias eficazes para mitigar a perda maciça de biodiversidade que está em curso, é necessário ter em conta a complexidade abrangente que surge das interacções bióticas”, explica o especialista Giovanni Strona, que liderou o estudo.

Os dados indicam uma forte dependência dos peixes dos recifes de coral, que aumenta à medida que se afastam dos humanos. Consequentemente, as populações de peixes que vivem em áreas remotas são mais vulneráveis ​​à mortalidade dos corais. Este fenómeno, que tem aumentado, afecta negativamente cerca de 40% das espécies de peixes que vivem em cada recife de coral.

Os investigadores também decidiram comparar se o risco de morte dos corais entra em conflito com os benefícios que estas comunidades desfrutam por estarem longe das atividades humanas, como a pesca e a poluição. Verificou-se que as dependências ambientais reduzem a relação negativa que existe entre o risco de extinção e o deslocamento humano.

O estudo sugere que as comunidades piscícolas não têm lugar seguro no planeta, por mais distantes que estejam dos efeitos da ação humana.

“A validade e a importância destas descobertas podem ir além dos peixes de recifes de coral, descrevendo um mundo em que locais remotos, em vez de serem refúgios seguros para a biodiversidade, podem ser áreas de risco extremo”, diz Mar Cabeza, um dos autores e diretor do projeto. . Laboratório de Mudança Global e Conservação da Universidade de Helsinque.

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