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A coalizão liderada pela extrema-direita Giorgia Meloni governa a Itália pacificamente desde outubro. A esquerda está quebrada. Não há oposição. E os três partidos que compõem o artefato eleitoral vencedor (Irmãos da Itália, Liga e Forza Itália) parecem estar bem pareados em público. Matteo Salvini (Milão, 50 anos), líder da Liga, ocupa a vice-presidência do Executivo e o Ministério de Infraestrutura e Transportes. No entanto, as três formações olham para as eleições europeias de 2024, onde procuram alterar o equilíbrio de poder e a direita radical tenta seduzir o Partido Popular Europeu (PPE) a distanciar-se do Partido Socialista. A Itália, também nisso, voltou a ser um laboratório cuja fórmula poderia ser aplicada em toda a Europa. E Salvini, que fala bastante sobre o assunto em entrevista ao EL PAÍS, na tarde desta quarta-feira em seu gabinete em Roma, está bem atento ao jogo que começa a ser disputado e que envolve o resultado eleitoral de 23 de julho na Espanha.
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