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O Japão está pronto para começar a liberar grandes quantidades de água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima destruída no mar – apesar das críticas da China.
O governo japonês disse que a mudança é segura e o órgão de vigilância nuclear da ONU deu luz verde ao plano, dizendo que o impacto no meio ambiente seria “insignificante”.
Mais de um milhão de toneladas métricas de água serão liberadas. Japão diz que é crucial descomissionar a usina após o desastre ocorrido há mais de uma década.
A usina foi atingida por um grande terremoto em 2011 que destruiu seus sistemas de refrigeração e provocou o derretimento de três reatores, contaminando a água e provocando vazamentos contínuos.
No início de 2024, os tanques de armazenamento que contêm a água tratada e vazada atingirão sua capacidade – daí a necessidade de uma solução.
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Mas a intenção de liberar a água – marcada para começar na quinta-feira – foi criticada por outros países, incluindo China.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse em julho que o Japão mostrou egoísmo e arrogância e não consultou totalmente a comunidade internacional sobre a liberação de água.
A China proíbe a importação de frutos do mar de 10 províncias do Japão, incluindo Fukushima e a capital, Tóquio. As importações de frutos do mar de outras províncias são permitidas, mas devem passar por testes de radioatividade e ter provas de que foram produzidas fora das 10 províncias proibidas.
O Japão diz que a água será filtrada para remover a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, um isótopo de hidrogênio que é difícil de separar da água. A água tratada será diluída bem abaixo dos níveis de trítio aprovados internacionalmente antes de ser liberada no Pacífico.
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