Tecnologia Militar

Lockheed Martin planeja produção de interceptadores Patriot na Espanha

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MILÃO — A Lockheed Martin firmou uma parceria com uma empresa espanhola para a produção de peças de mísseis interceptadores para o Patriota sistema de defesa aérea, um movimento que poderia ajudar a aliviar um gargalo na fabricação dos sistemas procurados.

“A Lockheed Martin celebrou um memorando de entendimento com o Grupo Oesia para permitir a potencial produção futura de componentes de aprimoramento do segmento de mísseis Patriot Advanced Capability-3 na Espanha”, escreveu a empresa americana na plataforma de mídia social X, antigo Twitter, em 22 de abril.

O acordo permitirá que a multinacional espanhola de engenharia fabrique peças PAC-3 MSE para clientes internacionais, segundo o comunicado. Baseia-se nos laços existentes entre duas empresas, já que os executivos assinaram uma carta de entendimento no Paris Air Show do ano passado para se tornarem parceiros estratégicos.

Os mísseis PAC-3 MSE são lançados pelo sistema de defesa aérea Patriot, fabricado pela Raytheon, e dependem da força cinética para derrubar uma ampla gama de ameaças aéreas, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como aeronaves.

A Lockheed está em contato com o Exército dos EUA para atingir uma taxa de produção anual de 550 mísseis em sua unidade de fabricação em Arkansas. Em entrevista em dezembro ao Defense News, Brenda Davidson, vice-presidente de programas PAC-3 da empresa, disse que eles atingiram uma taxa de 500 por ano.

A defesa aérea, e a falta dela, moldou a guerra da Rússia contra a Ucrânia, à medida que as forças de Moscovo têm como alvo infra-estruturas críticas e centros populacionais.

“Se a Ucrânia servir de guia, num conflito as defesas aéreas da OTAN podem derrubar a maioria dos drones e mísseis, mas alguns conseguirão passar. … Eles podem reduzir os riscos com uma estratégia dupla de fortalecimento das defesas aéreas e aumento da resiliência da infra-estrutura”, um relatório recente relatório publicado pelo think tank americano RAND Corporation afirmou.

A Agência de Apoio e Aquisições da OTAN atribuiu recentemente um contrato para 1.000 mísseis em nome da Alemanha, Holanda, Roménia e Espanha para a aquisição de 1.000 mísseis guiados melhorados PAC-2, o antecessor da variante PAC-3 MSE.

O negócio, no valor de até US$ 5,6 bilhões, foi para a COMLOG, uma joint venture com sede na Alemanha entre a Raytheon e a MBDA. As duas empresas esforçam-se por aumentar a capacidade de produção europeia destes mísseis.

Em uma entrevista recente ao Defense News, Tom Laliberty, presidente de sistemas de defesa terrestre e aérea da Raytheon, disse que os pedidos de grupo permitem que os estados obtenham descontos no alto preço do sistema Patriot.

A distribuição dos mísseis é determinada com base em qual dos países encomendantes precisa deles com mais urgência, acrescentou.

Elisabeth Gosselin-Malo é correspondente europeia do Defense News. Ela cobre uma ampla gama de tópicos relacionados a compras militares e segurança internacional, e é especializada em reportagens sobre o setor de aviação. Ela mora em Milão, Itália.

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