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Direcção Florestal condena “grande” abate ilegal de árvores em São Tomé

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Ontem, a Direcção Florestal de São Tomé denunciou a exploração madeireira ilegal generalizada em São Tomé, apesar da intensificação das campanhas de sensibilização e fiscalização promovidas pela instituição.

“Infelizmente, ainda existe uma exploração madeireira ilegal generalizada”, explicou o diretor de Florestas e Biodiversidade de São Tomé e Príncipe, em declarações à Lusa.

Segundo Adelson da Mata, “não houve redução da exploração madeireira”, devido a “várias circunstâncias”, como o uso de tecnologia pelos perpetradores para controlar as equipes de fiscalização.

“Os autores agora deixam alguém com um telemóvel pendurado em quase todos os pontos, e qualquer movimento percebido por essa pessoa, qualquer pessoa que esteja no terreno é efetivamente informada. […] “O mais curioso é que mesmo aqui na nossa direção também tem espiões que ficam aqui para monitorar nossa movimentação”, disse Adelson da Mata.

No entanto, o responsável confirmou que a Direcção Florestal “vai trabalhar para intensificar o patrulhamento nas estradas” e apostar na sensibilização, sobretudo das crianças, para a redução do corte de árvores, apontando a existência de uma “pirâmide” com a participação de vários sectores da o Estado. A comunidade que contribui para a continuidade desta prática.

“Tem gente aqui na cidade que faz o financiamento, tem um grupo de gente que vai e dirige a motosserra e tem outro grupo de gente que transporta [os materiais ilegais]Mas há pessoas comuns que compram […] Quando a procura aumenta, os perpetradores são tentados a ir mais longe em busca dela [de árvores para abater]”, confirmou.

Segundo Adelson da Mata, os pontos de venda de madeira, apesar de legais, também vendem árvores abatidas sem autorização, mas a equipa de fiscalização não consegue confiscá-las ou impor-lhes sanções, porque estas madeiras ficam escondidas dentro das casas das pessoas, onde os inspectores não são permitidos. Inserindo.

No entanto, o diretor florestal disse que a fundação está focada na “qualidade da restauração paisagística”, defendendo que é preciso haver continuidade no processo para que áreas já restauradas não voltem a ser devastadas.

A administração já tem um plano em vigor que especifica, “em cada paisagem, que tipo de recuperação deve ser feita”, e já atingiu mais de 10 mil hectares, prevendo 12 mil hectares até o próximo ano e cerca de 36 mil hectares até 2030. .

Adelson da Mata disse que, tal como no ano passado, todas as actividades de abate, serração e transporte de árvores serão suspensas durante o mês de Março, por ocasião do Dia Mundial da Biodiversidade, que se comemora a 21 de Março.

Neste período, Adelson da Mata enfatizou que o trabalho agrícola será intensificado e a consciência sobre a importância da biodiversidade será aumentada.

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