“O grande ano da CBF”. Três palavras que parecem mais um exercício de ironia do que uma afirmação séria. Em um país onde o futebol é uma religião, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é a autoridade máxima, mas também é frequentemente associada a polêmicas e controvérsias. Em vez de ser lembrada por conquistas esportivas e gestão eficiente, a CBF é muitas vezes notícia por seus escândalos e decisões questionáveis. Neste artigo, vamos explorar o que realmente significa “o grande ano da CBF” e por que essa expressão pode ser considerada um exercício de humor negro.
A década perdida e a CBF como vilã
Que década incrível foi a dos anos 90 para o futebol brasileiro. O time de Romário e Ronaldo foi campeão da Copa do Mundo em 1994, e nos anos seguintes, conquistamos mais dois títulos da Copa América e uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta. Mas, foi também a década que iniciou o declínio da CBF como organizadora do nosso futebol.
A CBF, que antes era considerada uma das entidades mais respeitadas do mundo, começou a declinar em sua gestão e tomada de decisões. E isso afetou não apenas a seleção nacional, mas também os clubes e o futebol como um todo. Mudanças desastrosas como a criação da Copa João Havelange, a diminuição do número de times na Série A e a venda de direitos de transmissão para empresas que não conheciam o nosso futebol, contribuíram para a perda de competitividade e respeito do futebol brasileiro. Além disso, a corrupção e a falta de transparência na gestão da CBF foram pontos negativos que contribuíram para a decadência da nossa seleção.
- Copa João Havelange: criada em 2000, foi uma competição que reuniu times da Série A e da Série B, mas que não teve sucesso e foi extinta logo após sua criação.
- Diminuição do número de times na Série A: de 24 times em 1999 para 22 em 2000, e depois para 20 em 2002. Isso reduziu a competitividade e a qualidade do campeonato.
- Venda de direitos de transmissão: a CBF vendeu os direitos de transmissão do futebol brasileiro para empresas que não conheciam o mercado, o que resultou em uma queda na qualidade da transmissão e no valor dos direitos.
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| Ano | Competição | Resultado |
| — | — | — |
| 1999 | Copa América | Campeão |
| 2000 | Copa do Mundo Sub-20 | Vice-campeão |
| 2001 | Copa América | 3º colocado |
| 2002 | Copa do Mundo | Vice-campeão |
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A política interna que fez a CBF cair
A famosa frase “seja feito o que for melhor para o futebol brasileiro” é apenas uma mentira quando se trata da CBF. A confederação tem estado mais preocupada em manter o poder e o status quo do que em realmente melhorar o futebol brasileiro. É por isso que temos visto poucas mudanças significativas nos últimos anos. Em vez de investir em projetos de desenvolvimento e infraestrutura, a CBF prefere gastar dinheiro em viagens luxuosas e eventos de gala.
Os principais responsáveis por essa política interna são os cartolas e dirigentes que ocupam os cargos mais importantes na CBF. Eles são mais preocupados em manter seus próprios interesses e privilégios do que em trabalhar pelo bem do futebol brasileiro. É um ciclo vicioso de corrupção e nepotismo que tem levado a CBF ao atual estado de crise. Alguns dos principais exemplos incluem:
- Contratação de técnicos sem experiência
- Priorização de interesses políticos em vez de técnicos
- Falta de transparência nos processos de decisão
- Uso indevido de fundos públicos e privados
| Cartolas e dirigentes | |
|---|---|
| Objetivo principal | Manter o poder e o status quo |
| Preocupação principal | Próprios interesses e privilégios |
| Consequência | Crise no futebol brasileiro |
Culpa de quem é culpa de todos
Infelizmente, o Brasil não passou da fase de grupos na Copa do Mundo de 2022 no Catar. Mas, como sempre, a CBF não pode ser responsabilizada sozinha. Afinal, a culpa é sempre de todos e de ninguém ao mesmo tempo. Mas vamos tentar, de forma bem-humorada, analisar alguns dos “principais” responsáveis pela não tão brilhante campanha brasileira.
Aqui estão alguns dos “principais” heróis:
- Técnico Tite: O time não jogou mal, não jogou bem. Ele também não teve culpa, nem mérito. Mas isso é problema para a próxima Copa… ou não?
- Jogadores inexperientes: Alguns jogadores novatos não tiveram o impacto esperado. Mas quem os contratou foi a CBF e quem os colocou em campo foi o próprio técnico.
- Lesões no elenco: Não estamos aqui para culpar a CBF por lesões. Mas e as preventivas? Ou será que são apenas fraturas?
- Mudanças de última hora: Aquelas mudanças de técnico dois dias antes da partida. Aquela grande decisão que pode muito bem ser desastrosa.
| Título da CBF de mais Inútil | Ano da Premiação |
|---|---|
| Melhor gestão de crises | 2022 |
| Maior volume de jogos em um semana | 2018 |
| Estratégia Defensiva de Cadeado | 2014 |
Tentativas fracassadas de renovação
A CBF, conhecida por suas decisões questionáveis, tentou renovações ao longo dos anos, mas elas saíram mais como um “tapinha nas costas” do que uma verdadeira reforma. Algumas dessas tentativas incluem:
A implementação de um novo sistema de treinamento para juízes, que funcionou por alguns meses antes de ser completamente esquecido.
A criação de um departamento de análise de dados para ajudar a melhorar as decisões técnicas, mas que nunca foi devidamente utilizado.
* A nomeação de um consultor externo para avaliar as estruturas internas da CBF, mas seu relatório nunca foi divulgado.
| Ano | Nome da Iniciativa | Objeto |
| — | — | — |
| 2014 | Projeto “Renovação” | Reformar as estruturas internas da CBF |
| 2017 | Programa “Tecnologia” | Implementar soluções tecnológicas para melhorar a eficiência |
| 2019 | Comissão “Especial” | Avaliar e melhorar as práticas de treinamento de juízes |
In Summary
E assim, ao olhar para o reflexo do ‘grande ano’ da CBF, não podemos deixar de nos perguntar: o que realmente é que fizemos de tão grande? Foi a nossa capacidade de criar expectativas sem cumprir metas? Ou talvez seja a nossa habilidade em transformar cada derrota em uma vitória moral? Seja como for, uma coisa é certa: o ‘grande ano’ da CBF será lembrado não como um marco de sucesso, mas sim como um lembrete de que, apesar de toda a pompa e circunstância, ainda temos muito a aprender sobre o verdadeiro significado de excelência e humildade. Parabéns, CBF. Parabéns.




