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O Brasil informou à Organização das Nações Unidas (ONU) que voltará ao pacto global pela migração segura, ordenada e regular, notificou o Itamaraty nesta quinta-feira (5). A medida é um dos primeiros anúncios do governo do novo primeiro-ministro Mauro Vieira.
O país se retirou do acordo em janeiro de 2019. Foi também um dos primeiros atos sob o controle do governo Jair Bolsonaro e do então primeiro-ministro Ernesto Araujo. Na ocasião, o ministro disse que o assunto não deveria ser tratado como uma questão global, mas sim como uma questão de soberania nacional.
O Itamaraty disse em nota ontem (5) que os compromissos do pacto estão de acordo com a legislação brasileira, “considerada uma das leis mais avançadas do mundo”, e que os migrantes têm acesso a serviços básicos e disse que oferece tais garantias.
“O retorno do Brasil ao acordo reforça o compromisso do governo brasileiro em proteger e promover os direitos de mais de quatro milhões de brasileiros que vivem no exterior”, afirmou o Itamaraty.
O Pacto Global para Migração, adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2018, estabelece parâmetros para a gestão dos fluxos migratórios. Este documento contém compromissos já contemplados pela legislação imigratória brasileira.
Com a reentrada do Brasil, o Pacto pela Migração Segura, Ordenada e Regular passa a contar com 164 países.
Shellac
Na noite desta quinta-feira (5), o Itamaraty anunciou o retorno do país à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), da qual não fazia parte desde janeiro de 2020.
Com a volta do Brasil, o órgão multilateral espera mais uma vez a participação de todos os 33 países da América Latina e Caribe.
Segundo o Itamaraty, o grupo visa a cooperação e o diálogo sobre questões regionais comuns, como segurança alimentar e energética, saúde, inclusão social, desenvolvimento sustentável, transformação digital e infraestrutura para integração.
“O retorno do Brasil à comunidade latino-americana é um passo essencial para a reestruturação de seu legado diplomático e a plena reinserção do país na comunidade internacional”, afirmou o Itamaraty em nota.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva já confirmou que estará presente na próxima Cúpula da CELAC, que será realizada na Argentina de 23 a 24 de janeiro. Será a primeira viagem de negócios ao exterior do novo presidente.
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