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A Gaivota-de-Audouin está em declínio em todo o mundo, mas em Portugal, na Ria Formosa, estabeleceu a sua maior colónia do mundo, e este ano o número de ninhos contados pelos especialistas triplicou para 7.000.
A Sociedade Portuguesa do Estudo anunciou que esta espécie de gaivota – cujo estatuto de ameaça global foi revisto em 2020, de “menos ameaçada” para “vulnerável” – regista este ano quase três vezes mais ninhos do que no início deste projeto, em 2019 A Sociedade Portuguesa para o Estudo anunciou em comunicado. Das Avis (SPEA), Coordenador do Projeto Life Ilhas Barreira.
O facto de Portugal ter a maior colónia do mundo, enquanto a Gaivota de Audouin está a desaparecer de outras partes do mundo, mostra a importância da conservação da natureza e traz uma responsabilidade acrescida, afirma a Coordenadora de Projetos e Departamento de Conservação Marinha da SPEA, Joana Andrade.
Esta gaivota ameaçada de extinção, que tem patas cinzentas e bico vermelho, alimenta-se principalmente de peixe, aproveitando resíduos de pesca, e apenas ocasionalmente consome resíduos em caixotes do lixo ou outro tipo de dejetos humanos, destaca a SPEA.
A gaivota de Audouin reproduz-se apenas num pequeno número de colónias e os números reprodutores de Rhea Formosa, registados no censo anual realizado no âmbito do projecto, aumentam a cada ano.
Desde 2022, a espécie expandiu-se para a região vizinha da Ilha da Culatra, onde a sua população também aumentou.
Para proteger esta espécie, a SPEA diz que é importante atualizar o plano internacional e criar um plano nacional para proteger a Gaivota-de-Audouin, em terra e no mar.
Por esta razão, o projeto LIFE Ilhas Barreira propõe alargar a Zona de Proteção Especial da Ria Formosa para o mar, garantindo a proteção das zonas de alimentação destas e de outras aves marinhas.
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