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O Irã anunciou no sábado o voo de teste bem-sucedido de um foguete capaz de impulsionar satélites ao espaço, três meses após o lançamento de um satélite com a ajuda da Rússia. Isso ocorre em meio a crescentes tensões com os países ocidentais, já que Teerã supostamente forneceu a Moscou equipamentos militares para ajudar seus esforços de guerra na Ucrânia.
Os Estados Unidos expressaram repetidamente a preocupação de que esses lançamentos possam impulsionar a tecnologia de mísseis balísticos do Irã, levando à entrega potencial de ogivas nucleares.
Mas o Irã insiste que não está buscando armas nucleares e que seus lançamentos de satélites e foguetes são apenas para fins civis ou defensivos.
A televisão estatal relatou o “lançamento suborbital bem-sucedido do lançador de satélites chamado Ghaem-100”.
“O teste de voo deste lançador usando o veículo de combustível sólido Rafe foi concluído com sucesso”, afirmou.
O foguete Ghaem-100 foi fabricado pela organização aeroespacial da Guarda Revolucionária Islâmica e é o primeiro lançador de satélites de combustível sólido de três estágios do país, acrescentou o canal.
O Ghaem-100 “é capaz de colocar satélites pesando 80 quilos (176 libras) em uma órbita de 500 quilômetros (pouco mais de 300 milhas) da superfície da Terra”, disse.
Rússia e Irã
O Irã colocou com sucesso seu primeiro satélite militar em órbita em abril de 2020, atraindo uma forte repreensão de Washington.
Em agosto deste ano, outro satélite iraniano, chamado Khayyam, foi lançado pela Rússia em um foguete Soyuz-2.1b do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
A agência espacial iraniana disse que o dispositivo foi construído pela Rússia sob a supervisão do Irã.
Os EUA alegaram na época que o Khayyam permitiria “capacidades significativas de espionagem” e que uma aliança Rússia-Irã cada vez mais profunda representava uma “ameaça profunda” para o mundo.
A agência espacial do Irã rejeitou essas alegações, contrariando que o objetivo de Khayyam era “monitorar as fronteiras do país” e ajudar na gestão dos recursos naturais e da agricultura
(FRANÇA24 com AFP)
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