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Embora a atenção plena se origine dentro de um indivíduo, um pesquisador da Virginia Commonwealth University descobriu que os benefícios não terminam com essa pessoa. As recompensas reais surgem quando a atenção plena de um indivíduo é traduzida em interações e relacionamentos conscientes. Tais interações – infundidas com intencionalidade, compaixão e presença – podem trazer organizações mais harmoniosas e saudáveis.
“Uma compreensão de como os indivíduos trazem mindfulness com eles para o trabalho e como essas práticas podem contribuir para a interação e a qualidade do relacionamento é especialmente relevante, pois os cenários de trabalho estão sempre mudando e a interdependência está se tornando cada vez mais a norma”, disse Christopher S. Reina, Ph. .D., professor associado de gestão e empreendedorismo na VCU School of Business.
No estudo “Your Presence is Requested: Mindfulness Infusion in Workplace Interactions and Relationships”, publicado em Ciência da Organização, Reina e os professores de administração Glen E. Kreiner, Ph.D., da Universidade de Utah; Alexandra Rheinhardt, Ph.D., da Universidade de Connecticut; e Christine A. Mihelcic, da Universidade de Richmond, exploram como os indivíduos trazem a atenção plena para o trabalho e como ela infunde suas interações no local de trabalho.
Essas práticas podem ser formais, como fazer uma pausa consciente antes de iniciar uma reunião, ou informais, como ouvir alguém com alto nível de atenção.
O estudo qualitativo baseia-se nas experiências de líderes reais para explicar como eles trazem mindfulness para o local de trabalho. As fontes de dados primárias incluíram entrevistas e observação participante no local. Os pesquisadores realizaram 30 entrevistas formais com gerentes, profissionais e consultores que praticam mindfulness no local de trabalho e mais de 50 entrevistas informais com uma ampla variedade de indivíduos que aplicam os princípios de mindfulness no trabalho.
“Curiosamente, os entrevistados notaram como outros indivíduos ao seu redor notaram os efeitos emocionais de seus comportamentos conscientes nas interações e relacionamentos”, disse Reina. “Encontramos evidências iniciais de que os esforços de nossos entrevistados para trazer sua atenção plena para o local de trabalho foram vistos por seus colegas como tendo um efeito positivo”.
Conexões de alta qualidade são mostradas para melhorar o funcionamento individual e afetar positivamente os resultados do grupo, como segurança psicológica e confiança.
Além da atenção plena surgindo em uma interação, o estudo também descobriu que as práticas de atenção plena podem ser usadas para preparar os indivíduos para o sucesso em interações futuras, como ao se preparar para uma conversa difícil ou importante.
“A atenção plena nos lembra que nossos pensamentos e emoções são complexos”, disse Reina. “Eles são contextualizados por eventos anteriores vivenciados em um ambiente social e, nesse ambiente social, os indivíduos devem estar cientes de seus próprios pensamentos e emoções e dos outros para navegar nessas complexidades com habilidade e compaixão”.
Fonte da história:
Materiais fornecidos por Universidade da Virgínia. Original escrito por Leila Ugincius. Nota: O conteúdo pode ser editado para estilo e duração.
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