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O número de inadimplentes no país diminuiu pelo segundo mês consecutivo, mas aumentou ligeiramente em agosto de 2023, atingindo 66,8 milhões de brasileiros. De acordo com índice realizado pela Confederação Nacional do Lojista (CNDL) e pelo Escritório de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quatro em cada dez adultos brasileiros (40,90%) receberam avaliação negativa em agosto deste ano. O número de contas aumentou 7,17% em relação ao mesmo período de 2022.
A CNDL e o SPC Brasil concluíram que, com base nos dados disponíveis em um banco de dados que abrange as capitais e regiões do interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal, as oscilações anuais observadas em agosto deste ano ultrapassaram. O que vi no mês passado. O número de devedores aumentou 1,14% de julho para agosto.
Número de inadimplentes
“Apesar do aumento modesto ocorrido em agosto, que se refere principalmente às dívidas vencidas de um a três anos, o cenário macroeconómico global favorece esta direção, pelo que os inadimplentes deverão tender a diminuir.”Embora demore três a seis.” meses para que os efeitos da variação da Selic sejam sentidos no mercado de crédito, o país já observa quedas na inflação, no mercado de trabalho, na renda e na confiança do consumidor. Vivemos momentos de melhora nos nossos sentidos”, enfatiza o presidente da CNDL, José César. Da Costa.
Número de inadimplentes por atrasos
O crescimento do indicador anual concentrou-se no aumento dos devedores com prazo de incumprimento de 1 a 3 anos (25,87%).
O maior número de devedores participantes em agosto estava na faixa etária de 30 a 39 anos (23,74%). Há 16,57 milhões de pessoas no cadastro de devedores nessa faixa etária, o que significa que quase metade (48,59%) dos brasileiros nessa faixa etária não são devedores. Quando se analisa a participação dos devedores por género, esta permanece bem distribuída, com as mulheres a representarem 51,10% e os homens a representarem 48,90%.
“O programa Desenrolla ainda está em seus estágios iniciais e deve ter um impacto positivo na inadimplência nos próximos meses. Os cenários de inadimplência atingiram níveis muito elevados nos últimos anos, portanto, apesar do programa, sabemos que deve haver flutuações, não quedas. Além disso, , 86% das pessoas que pagam suas contas com atraso depois voltam à inadimplência, por isso os consumidores também precisam ter cuidado com a reincidência”, ressalta Roque Pelizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.
dívida média
Em agosto de 2023, os consumidores negativados deviam em média R$ 4.108,89 em todas as dívidas. Além disso, considerando todas estas dívidas, cada inadimplente deve dinheiro aos credores de 2,08 empresas, em média.
Os dados mostram ainda que cerca de 3 em cada 10 consumidores (31,11%) têm dívidas de até R$ 500, e quando falamos em dívidas de até R$ 1 mil, a proporção chega a 45,25%.
Em agosto de 2023, o saldo da dívida do Brasil aumentou 14,75% em comparação com o mesmo período de 2022. Os dados observados em agosto deste ano superaram a variação anual observada no mês anterior. O número de dívidas aumentou 2,19% de julho para agosto.
Número de dívidas pendentes
Olhando para a evolução do número de dívidas por sector credor, destaca-se a evolução da dívida no sector da água e luz, registando um crescimento de 31,97%, seguido dos bancos (19,79%). Em outra direção, a dívida com o setor de recebíveis do setor de telecomunicações (-13,71%) e do setor comercial (-0,97%) apresentou redução na dívida total.
“Na primeira fase do programa Desenrolla, os bancos participantes terão que retirar seus nomes da lista de consumidores que estão em atraso com dívidas inferiores a R$ 100. Porém, mesmo que um nome seja retirado do sistema, independentemente disso, ele É importante ressaltar que mesmo após a confirmação da lista de inadimplentes e da possibilidade de retorno ao consumo, a dívida não desapareceu. Ela continua existindo, portanto não há necessidade de renegociar com a empresa”, alerta Merla Borges, especialista financeira da CNDL.
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