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O ministro do Ambiente e Energia elogiou a recuperação “notável e mais bem-sucedida” de felinos alguma vez conseguida e felicitou as entidades portuguesas e espanholas que permitiram a retirada do lince ibérico da lista de espécies ameaçadas de extinção.
Em comunicado, Maria da Graça Carvalho respondeu ao anúncio de quinta-feira de que o lince-ibérico deixará de ser classificado como “vulnerável”, passando a ser uma espécie “vulnerável” na Lista Vermelha elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). ).
A organização internacional vai atualizar a sua Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas no dia 27 deste mês, mas na quinta-feira anunciou em comunicado que uma das novidades é a melhoria do estado de conservação dos mamíferos endémicos da Península Ibérica, que se tornaram as espécies de felinos mais ameaçadas. Em perigo neste planeta.
O comunicado do Ministério do Ambiente adianta que este é o resultado dos esforços desenvolvidos por Portugal e Espanha nas últimas décadas.
“O governo felicita o trabalho desenvolvido por diversas entidades dos dois países, incluindo o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas”, acrescenta.
O governo sublinha que esta “conquista” surge por ocasião do 45.º aniversário da campanha “Salve o Lince e a Serra da Malcata” e recorda que em 2001 o lince ibérico (Lynx pardinus) foi a primeira espécie de felino a ser classificada como “ extremamente perigoso.” ameaçadas de extinção.”
O memorando de entendimento entre Portugal e Espanha, celebrado em 2004, foi “o início de um profícuo trabalho conjunto, que conduziu, três anos depois, a um acordo de cooperação sobre o programa de reprodução em cativeiro e, em 2009, ao arranque do programa ‘Centro de Criação de Lince Ibérico’”, afirma ainda o governo, lembrando que no ano passado foi ultrapassada a barreira dos 2.000 linces na Península Ibérica, 291 dos quais em Portugal.
“É com grande prazer, como ministra do Ambiente e Energia, testemunhar este momento histórico”, afirmou Maria da Graça Carvalho no comunicado, no qual sublinhou ainda que o anúncio surge poucos dias depois de “ajudar Portugal a aprovar o acordo”. Lei da UE sobre Restauração da Natureza.
Tal como referido no comunicado, o presidente do ICNF, Nuno Panza, reiterou o desejo de Portugal “de continuar a fazer todos os esforços de cooperação, até que o lince ibérico seja retirado das categorias de ameaça da Lista Vermelha da IUCN”.
Também comentando o anúncio da UICN, a associação ambientalista ANP/WWF (que em Portugal representa a WWF) afirma que este é um evento histórico, resultado de mais de duas décadas de trabalho de mais de 20 organizações, incluindo o Fundo Universal Nature.
“Na ANP|WWF, estamos orgulhosos de ter apoiado o lince ibérico em colaboração com a WWF Espanha, quando restavam menos de 100 exemplares na Península Ibérica, e de demonstrar isso através de ações conjuntas, interdisciplinares, peer-to-peer e intergovernamentais. ação “Na ANP|WWF, Coordenadora de Florestas e Biodiversidade da ANP/WWF, no comunicado: “Com coragem e vontade política é possível recuperar espécies ameaçadas”.
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