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Gangues armadas na capital do Haiti libertaram quase 4.000 prisioneiros da maior prisão do país, após um tiroteio de vários dias com a polícia no domingo.
A grande maioria dos 4.000 prisioneiros do sexo masculino na prisão de Porto Príncipe conseguiu escapar, de acordo com relatos da mídia local. Muitos dos prisioneiros eram membros de gangues acusados de conexão com o assassinato do presidente Hatien Jovenel Moise em 2021.
Gangues armados lançaram o seu ataque à prisão no início desta semana, quando o primeiro-ministro Ariel Henry deixou o país em visita ao Quénia, em busca de ajuda no combate aos gangues locais.
O líder da gangue, Jimmy Scherizer, um ex-policial, convocou vários grupos armados para derrubar o regime de Henry. Gangues atacaram tanto a prisão nacional como o principal porto de contentores do país.
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“Todos nós, os grupos armados nas cidades regionais e os grupos armados na capital, estamos unidos”, disse Scherizer.
Henry prometeu deixar o cargo até o final de fevereiro, mas disse que a violência das gangues deve ser superada antes que eleições livres e justas possam ser realizadas.
O governo haitiano afirma que um acordo de força-tarefa anti-gangues com o Quênia está em andamento
O Haiti não realiza eleições desde 2016.
Henry conseguiu negociar um acordo no Quénia na sexta-feira.
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Em Outubro, o Quénia concordou em liderar uma força policial internacional mandatada pela ONU para o Haiti, mas o Supremo Tribunal Queniano decidiu em Janeiro que o plano era inconstitucional, em parte devido à falta de acordos mútuos entre os dois países.
O acordo da semana passada garante que o Quénia enviará 1.000 agentes policiais para a problemática nação caribenha para ajudar a combater a violência contínua dos gangues.
O presidente queniano, William Ruto, disse num comunicado que ele e Henry testemunharam a assinatura de acordos mútuos entre os dois países na sexta-feira.
A Reuters contribuiu para este relatório.
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