Sim, porque nada diz ‘esporte’ como a supressão sistemática dos direitos humanos. A menos que, é claro, você seja a Federação Internacional de Futebol (FIFA), que parece estar completamente desavisada sobre os laços cada vez mais estreitos entre o futebol e a repressão política. Na última análise, a Anistia Internacional não está satisfeita com a candidatura da Arábia Saudita para sediar a Copa do Mundo e está pedindo que a FIFA suspenda imediatamente a candidatura devido aos riscos aos direitos humanos. Quem diria que um regime autoritário com um histórico de abusos contra os direitos humanos não é o parceiro ideal para um evento esportivo que pretende celebrar a unidade e o respeito mútuo? Nesse artigo, vamos explorar como a FIFA pode ter se deixado enganar e o que a decisão da Anistia International pode significar para o futuro do esporte.
Arábia Saudita e a Copa do Mundo uma combinação perigosa
A escolha da Arábia Saudita como candidata à Copa do Mundo é um lembrete constante de que a FIFA não dá a devida importância aos direitos humanos. A Anistia Internacional já havia alertado sobre os riscos de violações de direitos humanos no país, mas a FIFA parece não se importar.
Alguns dos principais motivos de preocupação incluem:
- Repressão às minorias: a Arábia Saudita tem uma longa história de repressão às minorias, incluindo xiitas e migrantes.
- Direitos das mulheres: as mulheres sauditas enfrentam severas restrições, incluindo a necessidade de obter permissão masculina para viajar ou trabalhar.
Além disso, a Arábia Saudita tem uma péssima reputação em relação aos direitos trabalhistas, com relatos frequentes de maus-tratos e exploração de trabalhadores migrantes.
A FIFA deve considerar a seguinte tabela antes de tomar uma decisão:
categoria | Arábia Saudita | Média global |
Direitos humanos | 4,5/10 | 6,2/10 |
Libertade de expressão | 3,8/10 | 5,5/10 |
Direitos das mulheres | 2,9/10 | 5,1/10 |
Esses números são um lembrete constante de que a Arábia Saudita não é um local adequado para a Copa do Mundo.
Riscos aos Direitos Humanos devem ser considerados
A Fifa, sempre tão preocupada com a “imagem” e o “legado” do futebol, parece ter um caso de amnésia quando se trata de direitos humanos. É engraçado como a entidade finge esquecer que o regime saudita é um dos principais violadores desses direitos no mundo. Mas, vamos lá, algumas realidades são difíceis de engolir. A Anistia Internacional, organização que não é exatamente conhecida por ser “radical”, está pedindo que a Fifa suspenda a candidatura da Arábia Saudita à Copa do Mundo de 2030. Sim, a mesma Arábia Saudita que é líder mundial em execuções, tortura e perseguição a minorias.
Casos de violação dos direitos humanos na Arábia Saudita | Fonte |
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Execuções sem julgamento justo | Anistia Internacional |
Tortura e maus-tratos em prisões | Relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos |
Restrições à liberdade de expressão e reunião | Human Rights Watch |
Alguns outros países candidatos à Copa do Mundo de 2030 também têm seus próprios problemas com direitos humanos, mas a Arábia Saudita é um caso à parte. É como se a Fifa estivesse tentando provar que o futebol é mais importante do que a vida humana. Mas, é claro, a Anistia Internacional é apenas uma organização “radical” que não entende o “grande jogo” do futebol. As prioridades* da Fifa estão claras: dinheiro, espetáculo e… bem, mais dinheiro. Esqueça os direitos humanos, é apenas um detalhe insignificante.
Suspensão da Candidatura uma medida necessária
A década de 2010 foi marcada por uma série de crises internacionais que colocaram os direitos humanos em primeiro plano, e agora, no início da década de 2020, parece que a história está se repetindo. A candidatura da Arábia Saudita para sediar a Copa do Mundo está sob escrutínio, e muitos estão questionando se um país com um histórico tão conturbado quanto o da Arábia Saudita deve ter a chance de sediar um evento tão emblemático.
Questões de Direitos Humanos na Arábia Saudita |
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Arábia Saudita precisa provar seu compromisso com a humanidade
A hipocrisia da Fifa é impressionante, considerando que a entidade esportiva é conhecida por proclamar sua defesa dos direitos humanos, mas que parece não querer arranhar o relacionamento com a Arábia Saudita, um dos principais apoiadores financeiros da Fifa. Para que a Arábia Saudita possa provar seu compromisso com a humanidade, é necessário que o país demonstre some mudanças significativas em sua política de direitos humanos.
Algumas exigências básicas para que a Arábia Saudita possa provar seu compromisso com a humanidade incluem:
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- Eliminação da pena de morte para crimes não violentos;
- Libertação dos presos políticos e dissidentes;
- Garantia da liberdade de expressão e reunião;
- Promulgação de leis que protejam os direitos das mulheres e minorias.