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FGTS: o saque-aniversário vai mudar? Entenda

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PIS Pacep Agência Brasil

O ministro do Trabalho, Luis Marinho, enviou à Câmara dos Deputados um projeto de lei que permitirá aos trabalhadores que optarem por sacar o FGTS no dia do aniversário sacarem o saldo em caso de demissão. Este projeto terá efeito retroativo, ou seja, quem foi afastado após 2020 e optar pela modalidade de saque poderá resgatar o valor que existia no momento do afastamento. A Caixa Econômica Federal estima que isso poderá liberar até 14 bilhões de reais na economia.

A revogação do aniversário significa que o trabalhador renuncia à revogação do despedimento. Atualmente, se uma pessoa for demitida sem justa causa após optar pelo saque-aniversário, ela não poderá sacar o saldo restante do FGTS e receberá apenas multa de 40%. Um projeto do governo visa alterar essa regra e permitir que os trabalhadores resgatem seus saldos em caso de demissão. Além disso, também será abolido o prazo de carência de dois anos para retorno ao método de rescisão do saque.

Porém, caso o trabalhador opte pelo saque do saldo no desligamento, ele não poderá mais optar pelo saque-aniversário caso seja contratado por outra empresa futuramente. Isto sugere que, ao longo do tempo, o número de trabalhadores que participam na reforma-aniversário tende a diminuir significativamente.

O valor do saque está de acordo com a tabela a seguir.

  • Até R$ 500: Funcionário saca metade do valor
  • De R$ 500 a R$ 1.000: O trabalhador saca 40% do valor e paga ainda uma parcela adicional de R$ 50.
  • De R$ 1 mil a R$ 5 mil: O trabalhador saca 30% do valor e paga uma parcela adicional de R$ 150.
  • De R$ 5 mil a R$ 10 mil: O trabalhador saca 20% do valor e paga uma parcela adicional de R$ 650.
  • De R$ 10 mil a R$ 15 mil: O trabalhador retira 10% do valor e paga uma parcela adicional de R$ 1.150.
  • R$ 15 mil a R$ 20 mil: O trabalhador retira 10% do valor e depois paga uma parcela adicional de R$ 1.900.
  • Acima de R$ 20 mil: o trabalhador retira 5% do valor mais R$ 2,9 mil.

Desde que as regras foram alteradas pela última vez em 2020, muitos bancos ofereceram “preempções de retirada de aniversário”, que permitem aos funcionários antecipar o valor que receberão nos próximos cinco anos. Os bancos emprestam dinheiro e recebem parcelas diretamente dos fundos dos trabalhadores. Pela proposta do governo, caso um trabalhador seja demitido e queira resgatar o saldo do FGTS, ele só poderá sacar a diferença entre o valor total das parcelas pagas ao banco e o valor depositado no FGTS.

O ministro Luis Marinho inicialmente acreditava que o FGTS deveria ser uma rede de segurança para os trabalhadores e pretendia abolir o saque-aniversário na posse. Porém, diante da resistência à ideia de eliminar completamente o desconto-aniversário, o Ministério do Trabalho desenvolveu esse projeto substitutivo. Ao permitir o saque integral do fundo em caso de demissão, ao mesmo tempo em que proíbe os trabalhadores de optarem novamente pelo saque-aniversário no futuro, o governo está efetivamente restringindo o uso desta ferramenta.

Parte do fundo foi sacada quando foi criado o sistema de saque aniversário, em 2019, no governo Jair Bolsonaro.

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