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Presidente boliviano sobrevive a golpe fracassado e pede “respeito à democracia”

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O presidente boliviano, Luis Arce, anunciou três novos comandantes das forças armadas do país sul-americano após uma tentativa de golpe em que unidades militares usaram veículos blindados para invadir os portões do palácio do governo boliviano.

As notícias dos novos líderes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica chegaram aos gritos dos apoiadores.

“O país enfrenta uma tentativa de golpe. Estamos aqui, decididos em Casa Grande, para enfrentar qualquer tentativa de golpe. Precisamos que o povo boliviano se organize”, disse Arce em mensagem de vídeo.

Imagens de vídeo mostraram forças montando barricadas fora do palácio do governo. Ars disse que as forças que se revoltaram contra ele “mancharam o uniforme” do exército.

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“Ordenei a todos os recrutas que regressassem às suas unidades”, disse o recém-nomeado comandante do exército, José Wilson Sanchez. “Ninguém quer as imagens que vemos nas ruas.”

Pouco depois, as forças começaram a retirar-se do palácio presidencial.

Arce confrontou o general do Exército Juan José Zuniga, recentemente destituído do comando militar e que parecia liderar a rebelião, na entrada do palácio, como pode ser visto em um vídeo transmitido pela televisão boliviana.

Ele disse: “Eu sou o seu líder e ordeno que retirem seus soldados e não permitirei essa desobediência”.

Em X, Ars apelou ao “respeito pela democracia”.

Os Estados Unidos disseram que estavam monitorando de perto a situação e pediram calma e moderação.

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A Bolívia, um país com uma população de 12 milhões de pessoas, tem testemunhado protestos intensos nos últimos meses devido ao declínio acentuado da economia, de uma das economias de crescimento mais rápido no continente há duas décadas para uma das economias que mais sofrem com crises.

O país também testemunhou grandes desacordos ao mais alto nível do partido no poder. Arce e seu ex-aliado, ícone esquerdista e ex-presidente Morales, estão lutando pelo futuro do movimento dissidente pelo Socialismo na Bolívia, conhecido pela sigla espanhola MAS, antes das eleições marcadas para 2025.

A direção do maior sindicato da Bolívia condenou a ação e declarou uma greve por tempo indeterminado de organizações sociais e trabalhistas em La Paz em defesa do governo.

O incidente foi recebido com uma onda de raiva por parte de outros líderes regionais, incluindo a Organização dos Estados Americanos; Gabriel Boric, presidente do vizinho Chile; líder hondurenho e ex-líderes bolivianos.

A última tentativa de golpe no continente ocorreu em dezembro de 2022, quando o presidente peruano Pedro Castillo foi preso no mesmo dia em que tentava dissolver o Congresso, declarar o estado de emergência e reescrever a constituição. No final, ele sofreu impeachment e foi destituído de seu cargo.

“A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia de nosso país irmão”, disse o presidente brasileiro. Escrito por Luiz Inácio Lula da Silva em X.

A Associated Press contribuiu para este relatório.

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