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O mundo dos mangás foi abalado por uma decisão judicial de cair o queixo esta semana, quando um ex-editor de séries de sucesso como Attack on Titan, “GTO: Paradise Lost” e “Seven Deadly Sins”, recebeu uma pesada sentença de prisão. Mas o que levou a essa surpreendente reviravolta nos eventos?

Em 18 de julho de 2024, o Tribunal Superior de Tóquio lançou uma bomba na comunidade de anime e mangá. Park Jong-hyun, que já foi um editor de alto escalão na gigante editorial Kodansha, foi condenado a 11 anos atrás das grades. A acusação? O assassinato de sua esposa há oito anos — um crime que ele continua negando.
O nome de Park pode não ser imediatamente familiar para os fãs de Attack on Titan, mas sua influência na série foi significativa. Como editor-chefe adjunto na Kodansha, ele trabalhou de perto com o mangá durante sua ascensão meteórica à fama global.
O caso em si parece um thriller policial. Park alegou que sua esposa morreu por suicídio. Ele alegou que prendeu sua esposa com um colchão depois de vê-la com uma faca e que mais tarde a encontrou morta depois de ouvir barulhos de outro cômodo, mas o tribunal não acreditou.
O juiz Kazunori Karei chamou a história de Park de “abrupta e antinatural”. De acordo com a promotoria, Park sufocou sua esposa em um colchão em sua casa em Tóquio — bem diferente da narrativa de suicídio que ele vem promovendo.
Mas é aqui que as coisas ficam ainda mais complicadas. Esta não é a primeira vez que Park vai ao tribunal por causa deste caso. Julgamentos anteriores já haviam imposto uma sentença de 11 anos, mas a Suprema Corte do Japão ordenou um novo julgamento, citando problemas com a forma como as evidências foram examinadas.
O veredito causou ondas de choque na família de Park. A mãe de Park deu uma entrevista coletiva de cortar o coração, lutando para descobrir como dar a notícia aos filhos de Park. “Eles pensaram que o papai voltaria para casa hoje”, disse ela, chamando o veredito de “cruel além das palavras”.
A equipe jurídica de Park não está aceitando isso de braços cruzados. Eles já anunciaram planos de apelar, chamando o veredito de “extremamente injusto”. Mas com o caso da promotoria descrito como particularmente forte por especialistas jurídicos, a luta de Park pela liberdade está longe de terminar.
Fonte: NHK
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