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O Vaticano disse na sexta-feira que está iniciando uma investigação preliminar sobre o cardeal francês Jean-Pierre Ricard, depois que ele admitiu um ato “repreensível” contra um jovem de 14 anos.
A Igreja Católica da França revelou na segunda-feira que 11 ex-bispos franceses ou em serviço foram acusados de violência sexual ou de não denunciar casos de abuso – incluindo Ricard, que confessou ter agredido uma menina décadas atrás.
“Para examinar adequadamente o que aconteceu, foi decidido abrir um inquérito preliminar”, disse o porta-voz Matteo Bruni a jornalistas na primeira reação pública do Vaticano ao escândalo.
O Vaticano ainda precisa nomear um investigador principal. Procurava-se uma pessoa adequada “com a necessária autonomia, imparcialidade e experiência”, disse Bruni.
Promotores franceses disseram na terça-feira que abriram um inquérito sobre Ricard, um antigo bispo de Bordeaux que foi nomeado cardeal pelo papa Bento XVI em 2006.
“Trinta e cinco anos atrás, quando eu era padre, me comportei de maneira repreensível em relação a uma menina de 14 anos”, escreveu Ricard em uma mensagem à Conferência Episcopal da França.
“Não há dúvida de que meu comportamento causou consequências graves e duradouras para essa pessoa”, disse o cardeal, acrescentando que desde então pediu perdão à mulher.
O papa Francisco disse no domingo que a Igreja Católica está trabalhando “da melhor maneira possível” para combater o abuso infantil clerical, mas admitiu que há deficiências.
(AFP)
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