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Lagosta vermelha da Louisiana, um predador que ameaça os rios portugueses

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O lagostim vermelho da Louisiana (Procambarus clarkii), nativo do sul dos Estados Unidos e nordeste do México, está entre as dez espécies invasoras que causam os maiores danos ecológicos e económicos em todo o mundo. Esta espécie é onívora e se alimenta de plantas aquáticas, moluscos, insetos e até alguns peixes.

Além de serem responsáveis ​​pela extinção regional e global de espécies em todo o mundo, estes lagostins de água doce são também responsáveis ​​pela degradação dos habitats que invadem. Em Portugal, este lagostim já se encontra na maior parte das zonas húmidas do país, e mantém grandes populações nos arrozais.

A erradicação do lagostim vermelho da Louisiana (Procambarus clarkii) é virtualmente impossível. Esta espécie, que entrou em Portugal em 1979, distribui-se por pelo menos 11 bacias hidrográficas de norte a sul: Douro, Lesa, Foga, Mondego, Les, Riberas do Oeste, Tejo, Sado, Mira, Riberas do Algarve e Guadiana.

Com as ondas de calor, os lagostins vermelhos da Louisiana mudam sua dieta, consumindo mais plantas em vez de anfíbios e insetos. “As ondas de calor causaram um aumento no consumo de dietas à base de plantas, especialmente aquelas ricas em lagostins juvenis, que são por natureza mais omnívoros do que os adultos. Assim, espera-se que as alterações climáticas mudem drasticamente a natureza do seu impacto nos ecossistemas – reduzindo de predação de insetos e outros animais aquáticos, aumenta seu impacto nas plantas aquáticas e nos arrozais”, explica Bruno Carrera, pesquisador do cE3c, sediado na faculdade. Ciências pela Universidade de Lisboa (FCUL).

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