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O processo envolve uma mistura de urina, areia e bactérias que faz com que os tijolos ganhem consistência e se formem à temperatura ambiente. Levando em consideração que os tijolos de barro tradicionais são fabricados em fornos, portanto, quando expostos a altas temperaturas, produzem grandes quantidades de dióxido de carbono durante a queima. Os biotijolos superam esta situação e tornam-se ecologicamente corretos com o aspecto sustentável de reaproveitamento e sem emissão de gases poluentes.
“É basicamente a mesma forma como os recifes de coral se formam no oceano”, explicou Dillon Randall, supervisor estudantil da Universidade da Cidade do Cabo, à BBC. Este processo é denominado precipitação microbiana de carbonatos. A bactéria produz uma enzima que separa a uréia na urina, formando carbonato de cálcio, que então faz com que a areia endureça, formando tijolos duros e cinzentos como pedras.
Após 48 horas, os tijolos perdem o odor característico de amônia da urina – e não representam risco à saúde, garante Randall.
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